A Rússia negou nesta segunda-feira (16/01) que tenha realizado um ataque com míssil que teria atingido um prédio residencial em Dnipro, na Ucrânia, no último sábado (14/10).
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, havia afirmado no último domingo (15/01), que o número de vítimas do ataque subiu para 25.
“No momento, foram socorridas 39 pessoas, entre as quais, seis crianças. 25 pessoas morreram, incluindo um menor. 73 pessoas ficaram feridas, entre as quais, 13 crianças. 43 pessoas estão desaparecidas”, escreveu o ucraniano em uma mensagem no Telegram.
Ainda conforme o balanço divulgado por Zelensky, teriam sido 72 apartamentos destruídos e outros 230 danificados na ação militar russa. “Prosseguem as operações de busca e socorro e de desmantelamento de elementos estruturais perigosos. Todo o dia. Continuamos a lutar por cada vida”, acrescentou.
A Rússia se manifestou pela primeira vez sobre os ataques no domingo (15/10), dizendo que “os objetivos da ação foram atingidos”. Ainda conforme o Ministério da Defesa, foram atingidos “o sistema de comando e controle militar da Ucrânia e suas relativas estruturas energéticas”.
Timon91/Flickr
Versão de Kiev foi negada por Moscou em coletiva de imprensa
Nesta segunda-feira (16/01), no entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que “as forças armadas não atingem edifícios residenciais” ao ser questionado sobre o tema durante sua coletiva diária à mídia russa. Para o representante, “a tragédia foi resultado da interceptação de uma míssil de defesa aérea” dos ucranianos.
A versão apresentada por Moscou é rechaçada por Kiev. O prefeito de Dnipro, Boris Filatov, disse acreditar que a Rússia queria atingir uma central térmica, assim como vem fazendo nas últimas semanas.
“Do outro lado [do rio], tem a nossa central térmica de Prydniprovsk, e podemos presumir que queriam mirar a nossa central”, disse à Rádio NV, ressaltando que o projétil utilizado foi um míssil X-22 (também conhecido como KH-22).
(*) Com Ansa.