O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou nesta terça-feira (03/05) que sanções contra o petróleo russo por parte da União Europeia são “iminentes”.
Em visita a Alexandrópolis, na Grécia, para a inauguração de um terminal de gás natural liquefeito (GNL), o chefe do principal órgão político da UE disse que é preciso “romper a máquina de guerra” da Rússia.
“Estou confiante de que o Conselho Europeu vai impor de forma iminente novas sanções, em particular contra o petróleo”, declarou Michel, presidente do órgão que reúne os chefes de Estado ou de governo dos 27 Estados-membros.
A UE já impôs cinco rodadas de sanções contra o governo de Vladimir Putin por causa da ofensiva à Ucrânia, mas, até o momento, poupou o setor de petróleo e gás, principal pilar da economia russa.
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Bloco europeu já impôs cinco rodadas de sanções contra o governo de Vladimir Putin
A hesitação se deve à alta dependência energética dos países da União Europeia em relação a Moscou, sobretudo para o abastecimento de gás natural.
A Eslováquia já anunciou que pedirá isenção de um eventual embargo da UE ao petróleo russo, e a Hungria, cujo premiê, Viktor Orbán, é aliado de Putin, também pode ficar de fora de um possível bloqueio.
Em resposta às ações econômicas hostis ao país do leste europeu, Putin assinou um decreto nesta terça-feira (03/05) determinando a proibição da exportação de produtos e matérias-primas produzidas na Rússia a indivíduos sancionados pelo país.
Ainda nesta terça, o mandatário falou por telefone com seu homólogo francês Emmanuel Macron, destacando que, segundo ele, a União Europeia (UE) está ignorando os crimes de guerra cometidos pelas forças ucranianas. Ele também disse que Moscou está aberta para dialogar com a Ucrânia, mas acrescentou que Kiev não demonstra estar pronta para negociar. A informação foi veiculada pelo serviço de imprensa do Kremlin.
(*) Com Ansa e Sputniknews.