Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (11/07), durante a Cúpula dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o secretário geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, prometeu que a Ucrânia será aceita como membro pleno no futuro, mas que nem todos os atuais integrantes concordam em aceitar sua adesão neste momento.
“Reafirmamos que a Ucrânia se tornará membro da OTAN, e mudaremos o processo de adesão habitual de duas fases para um de apenas uma fase, mas todos os aliados devem concordar que Kiev atendeu aos requisitos necessários”, afirmou o secretário geral, em meio ao evento que acontece na cidade de Vilnius, capital da Lituânia.
Entretanto, Stoltenberg esclareceu que “não há nenhuma discussão sobre adesão neste momento, e não haverá, a menos que a Ucrânia vença (a guerra contra a Rússia)”.
O diplomata afirmou que a prioridade da Otan neste momento é “aumentar o apoio militar à Ucrânia, para que seja o mais substancial possível, porque a tarefa mais urgente agora é garantir que a Ucrânia vença”.
Twitter / Otan
Stoltenberg prometeu que Ucrânia será parte da Otan, mas não estabeleceu um prazo específico para sua adesão
Em outra declaração importante, Stoltenberg admitiu que a Otan “está satisfeita com o apoio militar que nossos membros vêm fornecendo há meses, na verdade desde 2014, e que se incrementou em fevereiro do ano passado”.
As palavras do chefe da Otan não correspondem às expectativas manifestadas pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nesta segunda-feira (10/07).
Através de suas redes sociais, o mandatário ucraniano reclamou da “indecisão” de alguns países membros da aliança militar e disse que “será um absurdo se a Otan não oferecer um calendário com etapas definidas para futuras negociações”.