Governos de países europeus, incluindo Dinamarca, Suécia, Noruega e Alemanha, apontaram um vazamento de gás nas estruturas dos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 nesta terça-feira (27/09).
Segundo o governo alemão, “foi verificada uma queda de pressão nos dois gasodutos em uma breve distância entre um e outro” e que isso não pode ser considerado uma “coincidência”.
O Kremlin também se manifestou e confirmou que há vazamentos na estrutura, pedindo uma “investigação urgente”. De acordo com o porta-voz do governo, Dmitri Peskov, a possibilidade de uma sabotagem que justifique as falhas “não pode ser descartada no momento”.
Em nota, a empresa que gere os gasodutos informou que há “danos sem precedentes” em três diferentes linhas das estruturas e que “não é possível estimar” quando o fornecimento será retomado de maneira normal. No entanto, não há impactos em questões de segurança.
Em entrevista à agência francesa AFP, um dos representantes da Rede Nacional Sísmica sueca, Peter Schmidt, afirmou que houve uma “primeira enorme emissão de energia” às 2h03 desta terça, que causou um tremor de 1,9 graus na escala Richter, e outra às 19h04, que provocou um tremor de 2,3 graus.
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Nord Stream 1 é principal e maior gasoduto russo que leva combustível fóssil aos países da União Europeia
“Interpretamos isso como proveniente, com a máxima probabilidade, de uma forma de detonação”, acrescentou.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, também alertou que tudo indica que houve uma “sabotagem” na estrutura, relacionando os danos aos cortes de fornecimento feitos ao longo dos últimos meses pela Gazprom.
O Nord Stream 1 é o principal e maior gasoduto russo que leva o combustível fóssil aos países da União Europeia. Devido às retaliações econômicas que Moscou vem sofrendo pela guerra na Ucrânia, a capacidade de fornecimento para a Europa vem sendo reduzida, medida que tem levado países europeus a procurarem novos parceiros para suprir demanda energética.
(*) Com Ansa