O presidente Volodymyr Zelensky afirmou nesta quinta-feira (02/06) que as tropas da Rússia ocupam atualmente 20% do território da Ucrânia. Em discurso por vídeo no Parlamento de Luxemburgo, o mandatário disse que cerca de 2,6 mil regiões habitadas do país estão sob comando das forças russas.
“Hoje, cerca de 20% do nosso território está sob controle dos ocupantes”, declarou Zelensky.
A Rússia já conquistou a província de Kherson, no sul da Ucrânia, partes da vizinha Zaporizhzhia e agora avança no Donbass, área do leste do país onde ficam as províncias de Donetsk e Lugansk.
Essas duas regiões têm maioria étnica russa e já abrigavam conflitos separatistas desde 2014. Agora, no entanto, Moscou estabeleceu como objetivo prioritário a conquista da totalidade dos territórios dessas províncias.
Um dos principais palcos dos combates é Severodonetsk, último obstáculo para a Rússia reivindicar a tomada de Lugansk. De acordo com o governador da província, Sergey Gaidai, as forças invasoras já controlam cerca de 80% da cidade.
Wikicommons
Fluxo de mercenários estrangeiros à Ucrânia quase parou desde o início de maio, segundo Ministério da Defesa russo
Número de mercenários em combate cai pela metade
O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta quinta-feira (02/06) que o fluxo de mercenários estrangeiros à Ucrânia quase parou desde o início de maio.
De acordo com a pasta, o número de mercenários no país do leste europeu se reduziu quase pela metade, dos quase 7 mil recrutados, de 63 países, para 3,5 mil, com muitos tendo fugido, sido mortos ou feitos prisioneiros durante o conflito. Em Donbass essa redução foi em dezenas de vezes, segundo dados do ministério.
O major-general Igor Konashenkov, representante oficial da pasta, disse que centenas de mercenários foram mortos na Ucrânia logo depois de sua chegada, nos locais de preparação adicional, devido à falta de experiência de combate e baixo nível de treinamento.
De acordo com a Defesa russa, os comandantes das unidades do Exército ucraniano e da Guarda Nacional que empregam os mercenários não os poupam, em busca de reduzir as perdas entre seus soldados. Além disso, muitos mercenários de outros países, ao enfrentarem a situação real no campo de combate, preferem deixar a Ucrânia, mas Kiev se esforça para impedir sua saída, afirmaram na pasta.