Atualizada em 11/09/2017 às 12:25
Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, dezenove sequestradores assumiram o controle de quatro aviões comerciais em rota para São Francisco e Los Angeles partindo de Boston, Newark e Washington D.C e promoveram o maior ataque terrorista da história dos Estados Unidos. Dois atingiram as torres do World Trade Center, um o Pentágono e o último caiu em uma área rural da Pensilvânia. Houve um total de 2.996 mortos.
Na mesma manhã do ataque, o presidente George W. Bush se dirigia a uma escola primária no estado da Flórida quando recebeu a informação de que um avião acabara de se chocar contra uma das torres do WTC. Menos de uma hora depois, com Bush agora lendo livros infantis ao lado de pré-escolares, o presidente é avisado de que uma segunda aeronave se chocou contra a segunda torre.
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Fotografia do “Ground zero” depois dos atentados, onde é possível observar as ruínas do World Trade Center
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Mais cedo, Bush tinha recebido um briefing de segurança informando que havia uma ameaça considerável, mas não específica, de ataque terrorista naquele dia. Alertado, mas decidido a seguir em frente, ele prosseguiu em sua previamente agendada visita à Escola Elementar Booker em Sarasota, Flórida.
Bush pensou inicialmente, como contou mais tarde a um repórter, que a primeira colisão era resultado de um terrível acidente ou um dramático erro do piloto. O presidente aguardava a visita à escola em uma sala com televisão quando as primeiras imagens aos vivo do arranha-céu em chamas começaram a ser exibidas. Momentos antes da segunda colisão, Bush foi levado à sala de aula onde manteve encontro com as crianças do primeiro grau.
Câmeras filmavam a visita de Bush à escola quando o Chefe de Gabinete da Casa Branca, Andrew Card, entrou silenciosamente na sala, precisamente às 09h06 e cochichou no ouvido do presidente que o WTC havia sido atingido por um segundo avião e que a nação estava sob ataque de uma entidade desconhecida.
Bush mostrou-se momentaneamente aflito, porém, continuou a ouvir a leitura em voz alta de um dos alunos por mais alguns minutos. Seu olhar durante esse tempo parecia aéreo, disperso. Uma semana depois, Bush explicou em uma coletiva na Casa Branca que sua reação se deveu ao choque, que aos poucos foi sendo absorvido: “Estava sentado numa sala de aula, ouvindo histórias infantis de crianças pequenas e aí me dei conta que era o Comandante-em-chefe e a nação estava sendo atacada.”
No final da visita, pôde-se ouvir um repórter perguntar em voz alta a Bush se ele estava a par do que estava acontecendo em Nova York. Bush reagiu laconicamente, “Falarei disso mais tarde”.
Após a sessão de fotos, Bush foi levado a uma sala vazia, onde viu pela televisão as últimas notícias dos ataques, tendo se consultado com o vice-presidente Dick Cheney e com o governador de Nova York George Pataki por telefone. Ainda na sede da escola, Bush fez às 09h29 seu primeiro de diversos pronunciamentos daquele dia em relação àquela imensa tragédia. Só então os agentes do Serviço Secreto conduziram-no às pressas ao avião presidencial Air Force One, que o esperava na pista do aeroporto de Sarasota. No caminho para o aeroporto, Bush tomou conhecimento de um terceiro ataque, desta vez contra o Pentágono em Washington.