Um grupo de feministas anarquistas que, no meio da Guerra Civil Espanhola, lutou contra a dominação masculina. É esse o foco do livro Mulheres Livres: a luta pela emancipação feminina e a Guerra Civil Espanhola (editora Elefante), da autora norte-americana Martha Acklesberg, professora emérita de política e estudos de mulheres e gênero do Smith College em Northampton, nos EUA, que transformou sua tese de doutorado em uma espécie de “biografia” deste coletivo de mulheres.
Ackelsberg conversou com Opera Mundi, em entrevista em vídeo que você assiste abaixo. Segundo ela, antes da Guerra Civil Espanhola, já existiam pequenos grupos femininos espalhados pelo país. Mas, quando se começou a perceber que a igualdade entre os gêneros não era, na prática, defendida pelos homens filiados aos sindicatos, mulheres começaram a se juntar em defesa de seus direitos.
“Como mulheres, encontraram bastantes obstáculos a sua participação nos sindicatos. E viram que a CNT, apesar de sua ideologia de igualdade de gêneros, não sabia como incorporar as mulheres na organização”, disse.
O grupo, chamado “Mulheres Livres”, durou três anos, de 1936 a 1939, e mais de 20.000 espanholas participaram das atividades. Em 1936, elas chegaram a publicar a primeira edição de uma revista sobre o mundo feminino, que incluía textos desde cultura a trabalho doméstico. Todos os artigos foram escritos somente por mulheres.
Reprodução
Martha Ackelsberg escreveu livro sobre grupo ‘Mulheres Livres’
Assista à íntegra da entrevista com Martha Ackelsberg: