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Hoje na História

Hoje na História: 1077 - Imperador Henri IV ajoelha-se aos pés do papa Gregório VII

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Monarca germânico recusou o aumento da influência do pontífice sobre as relações de vassalagem

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-01-25T15:46:00.000Z

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Em 25 de janeiro de 1077, em meio à Querela das Investiduras, o imperador germânico Henri IV vai à Canossa para se ajoelhar diante do papa e pedir-lhe perdão. A expressão "ir à Canossa" significa que alguém se submete às injunções do adversário. Remonta ao século XIX, quando o chanceler alemão Bismarck, em conflito com a Igreja católica, exclamou "Nós não iremos a Canossa!".

No ano de 1075, o papa Gregório VII publicou 27 normas sob o título Dictatus papae (Édito do Papa), pelas quais determinava que os bispos deveriam ser nomeados por ele e não mais pelo imperador. Até mesmo o próprio papa seria eleito por um conclave de cardeais e não mais pelos nobres romanos. 

As normas faziam parte de um vasto movimento de reforma iniciado pelo papado pouco depois do ano mil e que visava à imposição de sua autoridade, até então bastante simbólica, sobre a cristandade. 

O imperador Henri IV opôs-se a essas reformas que rompiam com a tradicional submissão do clero ao poder laico e que colocava o soberano pontífice num patamar abaixo do imperador.  O imperador determina então a deposição do papa que responde com a excomunhão, privando-o dos sacramentos e da obediência de seus vassalos. 

Fidalgos alemães aproveitam para recuperar bens e vantagens que lhes haviam sido confiscadas e elegem inclusive um rei concorrente. Abandonado gradativamente por todos, Henri IV teme que o papa viaje à Alemanha como forma de apoio aos dissidentes. 

 

Wikimedia Commons
Monarca germânico recusou o aumento da influência do pontífice sobre as relações de vassalagem

O imperador toma a dianteira e parte para a Itália ao encontro de seu inimigo, que estava visitando a condessa Matilde da Toscana, em seu castelo de Canossa. 

Fazia muito frio e o imperador teve de esperar três dias até que o papa se dispusesse a recebê-lo para revogar a excomunhão. O papa não teve outra escolha senão perdoar o penitente. Mas, como o pontífice temia, o imperador se aproveita para restaurar sua autoridade e retomar a Querela das Investiduras. 

A falsa vitória fingida pelo papa em Canossa desembocou numa vitória do imperador. Henri IV reúne um concílio de sua devoção para nomear um papa mais conciliador. Gregório VII teve de se esconder junto dos normandos que ocupavam o sul da Itália. Porém, seus incômodos amigos, sob o pretexto de reinstalá-lo no trono de São Pedro, aproveitam-se para ocupar Roma e saqueá-la. O papa reformador morre em Salerno, abandonado por todos, em 25 de maio de 1085. 

Depois dele, o papado teve ainda de lutar durante vários decênios antes de, em 1122, com a concordata de Worms, ganhar definitivamente a Querela das Investiduras. O papa afirma-se desde então como o chefe inconteste da Igreja.


Também nesse dia:
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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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