As inundações causadas por chuvas torrenciais provocaram ao menos 130 mortes nas regiões norte e oeste de Ruanda. Nesta quinta-feira (04/05), diversas comunidades do distrito de Rubavu, o mais afetado pelas enchentes, enterravam as vidas perdidas neste desastre, enquanto as equipes de resgate ainda buscam por cinco pessoas desaparecidas.
No distrito de Rubavu, agora é hora de lamentar as vítimas das enchentes mortais. Doze pessoas foram enterradas na quarta-feira, e outros treze caixões eram levados para o cemitério na manhã desta quinta-feira, na aldeia de Rugerero.
Com os rostos fechados, várias centenas de pessoas permaneceram em silêncio diante dos caixões de madeira cobertos com uma mortalha branca e uma cruz com os nomes das vítimas.
O distrito de Rubavu foi duramente afetado pelas tempestades que surpreenderam a população na noite de terça-feira (02/05). “As pessoas foram pegas desprevenidas porque a chuva forte começou à noite, quando todos estavam em casa dormindo”, explicou o porta-voz do governo, Alain Mukuralinda.
Rubavu District/Twitter
Moradores do distrito de Rubavu esperam por atendimento de equipe do governo local
As chuvas fizeram os rios transbordarem, causaram enchentes e deslizamentos em diversos pontos.
As cenas de casas completamente destruídas se repetem no norte e no oeste do país. Em Mahoko, em particular, um vilarejo a cerca de dez quilômetros da cidade de Rubavu, o rio Sebaya transbordou e as casas seguem inundadas.
Embora a estrada principal dessa área ainda esteja transitável, algumas das vias que levam ao interior dos vilarejos agora são apenas um longo trajeto de lama.
Dois dias após o início das chuvas, o governo do país ainda não sabe quantas são as pessoas desabrigadas. “A contagem está em andamento. O que sabemos é que mais de 5.100 casas foram destruídas e todas abrigavam famílias”, afirmou Mukuralinda.
Enquanto isso, os moradores limpam suas residências, tentam remover a lama e salvar o que resta de suas casas.
Apenas no distrito de Karongi, no oeste de Ruanda, mais de 1.440 pessoas estão temporariamente abrigadas em centros emergenciais criados pelas autoridades, até que uma solução mais permanente seja encontrada.