Os ministros das Relações Exteriores dos países signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca) adotaram uma declaração oficial nesta quinta-feira (23/11), ao final da cúpula ministerial realizada em Brasília, manifestando preocupação com a “grave seca na Amazônia” e reiterando o compromisso conjunto na luta contra as mudanças climáticas.
No documento, os países que abrigam parte da floresta amazônica comprometem-se a aprimorar a coordenação para melhor responder à emergência causada pelo fenômeno El Niño.
A onda de calor que atingiu a bacia amazônica causou a pior seca da história, com impactos significativos nas populações locais: “Tal fato impacta significativamente o abastecimento das populações indígenas e comunidades locais e tradicionais, bem como a navegação, o comércio, a indústria, a geração de energia e os ecossistemas aquáticos da região, além de favorecer a ocorrência de incêndios e a perda de biomassa e biodiversidade, prejudicando também a qualidade do ar e acarretando a erosão do solo e o desmatamento”, reconhecem os signatários.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também participou da reunião, reafirmando o compromisso do Brasil com a proteção do bioma amazônico, que abriga 50 milhões de habitantes.
Marina Silva/Twitter
Ministros das Relações Exteriores dos países signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca) em cúpula
A cúpula da Otca sucede a 4ª Assembleia dos presidentes dos países signatários do tratado, realizada em 8 de agosto em Belém, no Pará.
Desde a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica em 1978, os chefes de estado se reuniram apenas três vezes: em 1989, 1992 e 2009. Fazem parte da Otca a Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
(*) Com Ansa