Fundado há dez anos, o site Opera Mundi se dedica a cobrir os fatos da política internacional e os rumos da política externa brasileira de modo progressista e de combate às ideias fascistas.
Para o jornalista Breno Altman, fundador do site, a debilidade da imprensa do Brasil em cobrir as notícias internacionais foi o principal motivo para a criação de Opera Mundi.
“Os jornais e revistas brasileiras revelavam muita fragilidade na cobertura dos fatos internacionais, tinham cortado correspondentes, analistas, articulistas, então nós decidimos que era possível ter um veículo dedicado exclusivamente às questões internacionais de qualidade”, afirma Altman.
Arsenal nuclear do Irã
Para o fundador do site, um dos momentos mais marcantes na trajetória do veículo está logo no começo de sua existência, quando Opera Mundi se dedicou a cobrir as negociações sobre o arsenal nuclear do Irã, em 2010.
“O site tinha pouco tempo de vida quando cobriu com bastante competência as negociações sobre o arsenal nuclear do Irã, que envolvia o Brasil, a Turquia e o Irã, enfrentando uma brutal pressão contrária dos Estados Unidos”, afirma o jornalista.
Altman recorda que Brasil e Turquia propuseram ao Irã uma “solução para o problema do seu arsenal nuclear no momento em que o Irã era ameaçado de represálias internacionais caso mantivesse a exploração da energia nuclear”.
“Opera Mundi teve uma cobertura muito qualificada, com grande repercussão, sobre esse episódio”, diz.
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Impeachment e assinatura solidária
O fundador de Opera Mundi afirmou que, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o site sofreu represálias e o novo governo passou a encarar esse jornalismo como inimigo.
“A partir de 2016, quando ocorre a derrubada da presidente Dilma Rousseff, Opera Mundi é um dos veículos da imprensa independente mais golpeados pela nova situação política”, afirma Altman.
O jornalista ainda destaca que “o governo de Michel Temer interrompeu qualquer publicação de anúncios em Opera Mundi e também as empresas privadas se sentiram pouco confortáveis em manter publicidade em um veículo que era identificado pelo novo grupo no poder como inimigo”.
Altman afirma que a partir desse momento, o site passa a depender exclusivamente dos seus leitores, pelo mecanismo da assinatura solidária.
Integração progressista
Para o jornalista, os sites de linha editorial progressista do Brasil estão cada vez mais integrados e essa atitude é importante pois a concorrência desses veículos é “contra a mídia de direita”.
“Há hoje uma relação de muita interação entre os sites progressistas, e é positivo que assim o seja porque a concorrência fundamental dos sites progressistas é contra a mídia de direita”, afirma o jornalista.
Para Altman, “na medida em que haja essa integração entre os sites progressistas isso multiplica o alcance desses sites, multiplica a leitura, as visualizações, a presença nas redes sociais e é positivo para criar um ambiente de confiança, de difusão e de credibilidade entre a imprensa progressista”.