Ministros da Defesa dos países que integram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) decidiram nesta quarta-feira (08/06) que a ação militar na Líbia permanecerá “o tempo necessário” e serão mobilizados os “meios necessários” para a campanha contra o líder líbio, Muamar Kadafi. A decisão foi tomada durante reunião em Bruxelas.
Uma coalizão militar internacional interveio em 19 de março para proteger civis. A OTAN assumiu o controle das operações em 31 de março. A decisão contou com o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Porém, a União Africana é contrária à ação militar na região.
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Depois da reunião para avaliar os cerca de três meses de ataques aéreos em território líbio, foi divulgado um documento. “Estamos comprometidos a fornecer os meios necessários e a máxima flexibilidade operacional dentro de nosso mandato, para manter estes esforços, e também aprovamos contribuições adicionais a nossos esforços comuns”, diz a declaração.
O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, defendeu a busca por medidas para a reconstrução da Líbia após a eventual saída de Kadafi. “O momento para começar a planejar é agora”, disse. “Nós vemos as Nações Unidas no papel de liderança em um cenário pós-Kadafi, pós-conflito. Essa é a razão de enviarmos uma mensagem clara. Não vemos a OTAN no papel de liderança.”
Na semana passada, a OTAN concordou em estender suas operações aéreas na Líbia por mais 90 dias, aumentando o alcance e intensidade de sua campanha para proteger civis. Durante uma visita hoje à cidade de Benghazi, a ministra do Exterior da Espanha, Trinidad Jimenez, reconheceu o Conselho Nacional de Transição da Líbia como o “representante legítimo do povo líbio”.
O Conselho, que governa a região leste da Líbia, está sob controle da oposição a Kadafi, tem feito lobby pesado para conseguir reconhecimento diplomático e verbas para manter sua campanha contra as forças de Kadafi. Os governos da China e Rússia estão envolvidos em esforços diplomáticos separados para tentar encerrar o conflito no país.
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