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Política e Economia

No poder desde 1987, presidente de Burkina Fasso renuncia em meio a onda de protestos

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Em comunicado na TV, Blaise Compaoré cedeu a exigências de manifestantes que tomaram ontem a sede do Parlamento; eleições serão convocadas em 90 dias

Redação

2014-10-31T13:50:00.000Z

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* Atualizada às 12h44

O presidente de Burkina Fasso, Blaise Compaoré, anunciou nesta sexta-feira (31/10) que está renunciando ao cargo, encerrando 27 anos de poder à frente do país africano. Em comunicado emitido há pouco, o político confirmou que a presidência está vacante e pediu que eleições "livres e transparentes" sejam convocadas em 90 dias. O chefe das Forças Armadas, general Honoré Traoré, já afirmou que é o novo presidente interino do país.

Antes da confirmação de Compaoré [na foto, à direita], um alto oficial do Exército de Burkina Fasso adiantara que o presidente havia sido de fato deposto e não estava mais no poder.

Mais cedo, o político dissera, em resposta aos protestos da população, que permaneceria no cargo em 2015 durante "período de transição", cedendo o comando do país após eleições democráticas que deveriam ser convocadas no prazo de 12 meses.

"A partir de hoje, Compaoré não está mais no poder", disse o coronel Boureima Farta a dezenas de milhares de pessoas, que se aglomeraram em frente ao quartel-general do Exército para pedir a deposição do político, que buscava o quinto mandato presidencial.

Demanda dos manifestantes

A renúncia do presidente acontece no dia seguinte dos protestos que mobilizaram uma multidão na capital do país, Ougadougou. Por conta disso, ontem, o presidente havia declarado estado de sítio no país — já revogado hoje — para conter as fortes manifestações iniciadas para rechaçar o desejo de Compaoré de prolongar mais uma vez seu mandato. O levante popular foi feito em resposta a uma manobra legislativa, na qual os parlamentares pretendiam votar uma emenda constitucional que concederia o quinto mandato a Compaoré.

Em meio ao conflito, pelo menos três manifestantes foram mortos a tiros pela polícia, sendo que inúmeros foram feridos pelas forças de segurança.

Nas ruas, a população que pôs fogo na sede do Parlamento gritava "27 anos é suficiente", em alusão ao tempo em que Compaoré está no poder. O atual presidente assumiu o cargo em 1987, quando protagonizou um golpe de Estado que destituiu seu antecessor, Thomas Sankara.

Oposição

O chefe das Forças Armadas, general Honore Traore, havia anunciado ontem que o Executivo (governo) e o Legislativo (parlamento) haviam sido destituídos, além de ter imposto um toque de recolher em todo o território nacional. No lugar, seria nomeado um novo "governo de  inclusão", cujo comando "de transição" incluirá representantes de todos os lados da cena política e trabalhará para convocar eleições no período de 12 meses. Agora, com a renúncia do presidente o pleito está previsto para 90 dias, mas não se sabe quem ficará no comando durante o período.

Agência Efe

Manifestantes tomaram as ruas e prédios públicos para protestar contra medida que previa reeleição de presidente, no poder desde 1987

Após a declaração do presidente dizendo que permanece no comando em 2015, líderes da oposição vieram a público para renovar os pedidos de renúncia. Uma declaração do opositor Zephirin Diabre também convoca a população a continuar nas ruas e ocupar prédios públicos. Outro expoente da oposição, Emile Pargui Pare, do Movimento das Pessoas para o Progresso, afirmou que os protestos de ontem eram a "Primavera negra de Burkina Fasso", fazendo referência ao processo que ficou conhecido como Primavera Árabe.

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Política e Economia

Elon Musk é processado por acionistas do Twitter

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Ação nos EUA acusa bilionário de fazer postagens em redes sociais com objetivo de manipular o mercado

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-27T18:56:00.000Z

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Acionistas do Twitter abriram um processo contra o empresário Elon Musk por manipulação de mercado, acusando o bilionário de agir para baixar o preço das ações da empresa de mídia social a fim de possivelmente negociar um desconto em sua oferta para comprar a companhia ou mesmo abandonar o negócio.

A ação, apresentada na quarta-feira (25/05), alega que o fundador das empresas Tesla e SpaceX fez uma série de declarações públicas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo de compra do Twitter, o que vem provocando alvoroço na rede social há semanas.

O processo pede a um tribunal federal de São Francisco que apoie a validade do acordo de compra, no valor de 44 bilhões de dólares, e compense os acionistas por quaisquer danos.

O imbróglio

No fim de abril, o conselho de administração do Twitter aprovou a oferta pública de compra da empresa feita por Musk, que assumiria a companhia integralmente e fecharia seu capital. O Twitter é uma empresa aberta, com ações negociadas em bolsa, desde 2013.

O empresário, que é o homem mais rico do mundo, disse que pretendia pagar aos acionistas 54,20 dólares por ação – o equivalente a cerca de 44 bilhões de dólares.

Mas em 13 de maio, Musk anunciou que suspendeu temporariamente o acordo de compra, citando detalhes pendentes sobre a proporção de contas falsas na rede social.

"O acordo sobre o Twitter está temporariamente suspenso à espera de detalhes pendentes que respaldem o cálculo de que as contas spam/fake representam de fato menos de 5% dos usuários", escreveu o bilionário no próprio Twitter.

Após o anúncio, as ações da plataforma caíram mais de 17%, para 37,10 dólares, o nível mais baixo desde que Musk anunciou que pretendia comprar a rede social.

Dado Ruvic/REUTERS
Com preço das ações mais baixo, Musk poderia negociar um desconto em sua oferta para comprar a empresa ou mesmo abandonar o negócio

De acordo com o processo apresentado nesta semana, o tuíte de Musk dizendo que o negócio estava "temporariamente suspenso" ignora o fato de que não há nada no contrato de compra que permita que isso aconteça.

Além disso, Musk negociou a compra do Twitter no final de abril sem realizar a devida diligência esperada em tais meganegócios, afirma a ação, acrescentando que o contrato precisava apenas ser aprovado pelos acionistas e reguladores do Twitter e deveria ser fechado em 24 de outubro.

"Musk já sabia das contas falsas"

Sobre os motivos alegados por Musk para a suspensão, os acionistas argumentam que o bilionário estava ciente de que algumas contas do Twitter eram controladas por robôs, e não por pessoas reais, e até tuitou sobre isso antes de fazer sua oferta para comprar a empresa.

"Musk passou a fazer declarações, enviar tuítes e se envolver em condutas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo e reduzir substancialmente as ações do Twitter", diz a denúncia.

Segundo a ação, o objetivo do empresário era ganhar vantagem para adquirir o Twitter a um preço muito mais baixo, ou desistir do acordo sem sofrer nenhuma penalidade.

"A manipulação de mercado de Musk funcionou – o Twitter perdeu 8 bilhões de dólares em avaliação desde que a compra foi anunciada", afirma o texto.

As ações do Twitter na quinta-feira fecharam ligeiramente em alta a 39,52 dólares, em um sinal de dúvida dos investidores de que a compra será consumada ao valor de 54,20 dólares por ação que Musk originalmente ofereceu.

"O desrespeito de Musk pelas leis de valores mobiliários demonstra como alguém pode ostentar a lei e o código tributário para construir sua riqueza às custas dos outros americanos", afirma a ação.

O Twitter disse em documentos regulatórios que está comprometido em concluir a aquisição sem demora no preço e nos termos acordados. Musk ainda não se pronunciou.

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