Atualizada às 21h56
O ex-presidente Sebastián Piñera e o senador governista Alejandro Guillier lideram a apuração neste primeiro turno das eleições presidenciais chilenas, segundo resultados divulgados neste domingo (19/11) pelo Servel (Serviço Eleitoral do Chile), que confirmou a participação dos dois no segundo turno, a ser realizado no dia 17 de dezembro. A população do país foi às urnas para escolher, além do sucessor da atual mandatária, Michelle Bachelet, senadores, deputados e conselheiros regionais. Do total de eleitores aptos a votar, 43% foram às urnas.
Nesta eleição, centro e esquerda romperam e, pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, apresentaram candidatos próprios à presidência, efetivamente encerrando a aliança que levou todos os presidentes chilenos entre 1990 e 2010 ao poder: Patricio Aylwin, Eduardo Frei (democratas-cristãos), Ricardo Lagos e Michelle Bachelet (socialistas).
NULL
NULL
Candidatos
Presidente entre 2010 e 2014, justamente entre os dois mandatos da líder socialista, Sebastián Piñera, de 67 anos, liderava as pesquisas com cerca de 35% das intenções de voto, apesar de ter deixado o poder com sua avaliação em baixa. Tido como um dos homens mais ricos do país, Piñera é dono de um patrimônio estimado em US$ 2,7 bilhões, segundo a revista “Forbes”.
Já o jornalista e senador Alejandro Guillier se coloca como defensor do legado de Bachelet e promete focar seu eventual governo nas conquistas sociais dos últimos anos. Entre seus principais motes da campanha, está o aprofundamento da reforma na educação, iniciada por Bachelet em seu segundo mandato, e a alteração da Constituição herdada da ditadura de Pinochet (1973-1990).
A também jornalista Beatriz Sánchez faz parte da Frente Ampla, que se inspira na sua versão uruguaia e diz querer ser uma alternativa de esquerda aos atores tradicionais da política do país. A coalizão começou com a Revolução Democrática (RD), fundada pelo deputado Giorgio Jackson, e com a Esquerda Autônoma, do também deputado Gabriel Boric. Os dois foram líderes do movimento estudantil que tomou as ruas do Chile durante o governo Piñera. A RD chegou a fazer parte do governo Bachelet, mas se afastou em 2016 em uma tentativa de descolar sua imagem da administração impopular.
(*) Com Ansa