O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta segunda-feira (30/08) que seja criada uma rota segura para que possa facilitar o final da evacuação em Cabul, capital do Afeganistão.
Em reunião, os membros presentes do Conselho assinaram um documento exortando todas as partes a permitir um acesso livre às agências de auxílio e uma zona de “passagem segura” para pessoas que buscam deixar o país após a retirada total dos Estados Unidos que acontece nesta terça-feira (31/08).
A decisão aponta que deve ser permitido que todos os que queiram deixar o Afeganistão livremente consigam fazer tal travessia. Além disso, o documento também faz menção aos possíveis perigos no que tange à segurança em torno do Aeroporto de Cabul.
Países membros concordaram ser necessário um trabalho com parceiros internacionais para fortalecer a segurança perto do local, solicitando esforços para permitir a reabertura rápida e segura.
Ainda na reunião, o Conselho adotou a resolução 25/93 que apela ao reforço das ações para fornecer assistência humanitária ao Afeganistão.
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Conselho adotou ao reforço das ações para fornecer assistência humanitária ao Afeganistão
Segundo o documento assinado, foi reafirmado ainda a defesa dos direitos humanos no país após a volta do grupo Talibã ao poder no Afeganistão, visando proteger, em especial, as mulheres e meninas afegãs.
Também nesta segunda, o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi disse que a retirada de civis do Afeganistão está chegando ao fim ao passo que uma crise humanitária “ainda maior” no país está “apenas começando”.
Grandi destacou que o Afeganistão ainda terá quase 40 milhões de afegãos precisando de algum tipo de suporte. Segundo ele, a partir do momento em que as imagens do aeroporto de Cabul, que estão causando “compaixão ao redor do mundo”, deixarem de serem exibidas “ainda haverá milhões de pessoas precisando de ação da comunidade internacional”.
Desde o começo do ano, de acordo com a ONU, a violência levou 3,5 milhões de afegãos a abandonarem suas casas.
(*) Com ONU News.