O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, alertou que o Irã levará os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) à Justiça caso atentados contra cientistas ligados ao programa nuclear do país se repitam.
O líder fez a advertência nesta terça-feira (30/11), depois que, na última segunda-feira, dois atentados em Teerã causaram a morte de um cientista nuclear e deixaram um especialista em energia atômica que colabora com o Ministério da Defesa iraniano ferido.
O governo do Irã responsabilizou os serviços secretos de Israel (Mossad), dos Estados Unidos (CIA) e do Reino Unido (MI6) pela ação criminosa. “Se esse tipo de incidente se repetir mais uma vez, levaremos cada membro permanente do Conselho de Segurança à Justiça”, afirmou Ahmadinejad, citado pela agência de notícias estatal Irna.
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“Eles acham que acabando com nossos cientistas nucleares poderão deter o avanço de nossa nação rumo ao progresso. Se equivocaram”, afirmou.
Fereydun Absi, o cientista que ficou ferido, é mencionado na resolução 1747 da ONU, emitida em junho, que impõe sanções ao Irã e a indivíduos do país pelas suspeitas de que o programa nuclear civil tenha também caráter bélico.
O Irã acredita que pelo fato de o nome de Absi estar presente na lista, esta seria uma prova contra os países citados. “Responsabilizamos pelos crimes aqueles que impuseram as sanções, porque em uma resolução mencionavam os nomes de nossos cientistas como sujeitos a sanções. É óbvio que a ONU está em conluio com os sionistas (Israel)”, acrescentou Ahmadinejad.
Diálogo retomado
O Irã e a União Europeia, na qualidade de porta-voz do 5+1, confirmaram na terça-feira que o diálogo será retomado no dia 6 de dezembro em Genebra.
“É assim como querem retomar as negociações? Sua conduta demonstra que a aproximação não é amistosa”, concluiu Ahmadinejad, que insistiu que seu país não cederá no que considera seu “direito inalienável” e não negociará, sob nenhum conceito, o fim do enriquecimento de urânio.
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