A companhia aérea Air France-KLM está analisando a possibilidade de retomar a rota Paris-Trípoli, fechada desde o atentado contra um avião da companhia aérea francesa UTA, em 1989, que causou a morte de 170 pessoas.
O processo de abertura da linha que ligaria novamente as capitais da França e da Líbia já está lançado, de acordo com o jornal econômico francês La Tribune. A direção da empresa já teria inclusive consultado os sindicatos de pilotos franceses que, segundo as fontes do jornal, não seriam mais contra o projeto. Os pilotos já rejeitaram duas vezes a ideia de retomar esse trajeto, em 2007 e no começo do ano passado.
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Segundo o artigo, a decisão definitiva será tomada depois da análise das condições de segurança por uma equipe, chefiada pelo diretor-adjunto das operações aéreas, Eric Schramm, piloto e membro do comitê executivo da Air France. Se esta missão for satisfatória, a linha poderia ser retomada três a quatro vezes por semana, com os aviões Airbus A320 e tripulação francesa.
As projeções demonstram que essa rota poderia ser lucrativa desde o primeiro ano, fato raro no setor da aviação, indica o jornal econômico.
Desde a suspensão do embargo contra a Líbia, em 2003, as companhias aéreas europeias voltaram a voar para Trípoli, com exceção da Lufthansa, British Airways e KLM, filial da Air France.
Atentado
Em 19 de setembro de 1989, um avião DC10 da companhia UTA, que fazia o trajeto entre Brazzaville, no Congo, e Paris, via N'Djamena, no Chade, foi alvo de um atentado que custou a vida de 170 pessoas. A Líbia foi apontada como mandatária da ação, o que conduziu ao congelamento das relações da França com o país.
Em 2004, depois de um longo processo jurídico, França e Líbia assinaram um acordo para a indenização das famílias da vítimas.
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