O ex-presidente do Peru Alan García morreu nesta quarta-feira (17/04), aos 69 anos, após disparar contra a própria cabeça durante uma operação para prendê-lo em Lima, em um desdobramento das investigações do caso Odebrecht. Ele se encontrava em estado crítico em um hospital da capital peruana. A informação foi confirmada pela imprensa local.
García ia ser preso preventivamente por dez dias e estava sendo investigado em um processo que averigua o pagamento de subornos da construtora Odebrecht a políticos no Peru. Os policiais afirmam que o ex-presidente se trancou num quarto, ao ver que iria ser detido, e tentou suicídio. O advogado de García, Erasmo Reyna, confirmou à imprensa que o ex-mandatário tentou se matar.
O Ministério da Saúde do Peru confirmou, em nota, que García havia dado entrada em estado crítico com uma perfuração na cabeça. “O ex-presidente Alan García ingressou no hospital de emergências José Casimiro Ulhoa (…) às 6h45 [8h45 em Brasília] com um diagnóstico de impacto de bala, entrada e saída, na cabeça”, dizia o comunicado, que acrescentava que o político estava em cirurgia, feita por uma equipe de quase 30 médicos.
Durante a operação, García sofreu três paradas cardiorrespiratórias.
García foi presidente do país em duas oportunidades: entre julho de 1985 e julho de 1990, e entre julho de 2006 e julho de 2011.
O ex-mandatário ia ser preso preventivamente por dez dias e estava sendo investigado em um processo que averigua o pagamento de subornos da construtora Odebrecht a políticos no Peru. O ex-presidente Pedro Pablo Kuczinski foi preso na semana passada, dentro do mesmo caso.
Em novembro de 2018, a Justiça peruana decidiu que García não poderia sair do país. O ex-presidente tentou asilo diplomático na Embaixada do Uruguai, o qual foi recusado pelo governo do país em dezembro.
Agência Brasil
García morreu após atirar contra a própria cabeça ao ser preso