O assunto tratado mais extensamente durante a cúpula da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), encerrada nesta sexta-feira, foi o regime ditatorial implantado em Honduras. O bloco resolveu aplicar sanções econômicas e comerciais contra o país, além de proibir a entrada de membros do governo golpista em qualquer país do bloco.
A resolução, aprovada por unanimidade, destaca que a Alba não reconhecerá nenhum processo eleitoral realizado sob o regime golpista, nem nenhum resultado do mesmo. O bloco convocará reuniões de organismos como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Grupo do Rio, entre outros, para discutir sobre o tema.
Também pedirá às Nações Unidas o estabelecimento de uma “comissão especial de chanceleres” que exija dos golpistas “respeito à inviolabilidade da missão diplomática” do Brasil em Tegucigalpa. A comissão deverá demandar condições de segurança “humanitárias e adequadas” para a permanência de Zelaya, sua família e seus acompanhantes na embaixada brasileira, onde Zelaya está abrigado.
Durante a reunião, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que é obrigação da Alba derrotar o golpe de Estado em Honduras, porque é uma “ameaça” para o bloco e para toda América Latina.
O vice-presidente cubano, José Ramón Machado Ventura, enfatizou que não se pode permitir a consolidação do golpe e pediu que a reunião presidencial tome decisões para “fazer fracassar” o golpe e fazer “o impossível” por obstaculizá-lo.
A Alba decidiu também que o Conselho Político do bloco vai analisar a criação de um conselho de segurança e a criação uma escola regional para a formação das forças armadas da região com uma nova doutrina.
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