Diversos políticos, ativistas, intelectuais e personalidades argentinas assinaram um abaixo-assinado pedindo a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há 500 dias na sede da Política Federal em Curitiba. O candidato à presidência da Argentina Alberto Fernández, vencedor das eleições primárias com 47% dos votos, é o primeiro signatário, seguido pela vice em sua chapa, a ex-presidente Cristina Kirchner.
Além dos candidatos, uma das lideranças das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, o ex-ministro da Fazenda no governo de Cristina, Axel Kiciloff, e o ex-candidato à presidência Sergio Massa aparecem no documento divulgado nesta terça-feira (20/08) pelo jornal argentino Página12. Intitulado “500 dias de Injustiça”, o documento é subscrito também por governadores, senadores e deputados, além de representantes de diversos segmentos da sociedade civil argentina.
Na mesma edição, o jornal argentino publica um artigo em que o ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, diz que a “Lula foi objetivo de uma perseguição política comandada por um juiz parcial e por procuradores obcecados e impulsionados por um projeto de poder próprio”
Amorim lembra ainda que o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, um dos signatários do documento, liderou um movimento para que Lula receba o Prêmio Nobel da Paz, que passará pelo crivo da comissão responsável pelas indicações nas próximas semanas.
“Esperamos que eles se deem conta do trabalho de um líder operário que ascendeu à presidência, que livrou milhões de brasileiros do flagelo da fome, que contribuiu para a paz na América do Sul e no mundo, e que defendeu a democracia em um país em desenvolvimento de dimensões continentais, cujo destino influencia não só a região como todo o mundo”, escreveu o chanceler.
Instituto Lula
Candidatos à presidência na Argentina, Fernández e Kirchner apoiaram o abaixo-assinado ‘500 dias de injustiça’ contra prisão de Lula
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*Com F´orum