Um dia depois de o BCE (Banco Central Europeu) ter confirmado sua estimativa de que a zona do euro passará por uma recuperação gradual neste ano, e aumentado a expectativa de desenvolvimento para o próximo ano, o Bundesbank, banco central alemão, diminuiu a previsão de crescimento econômico da Alemanha de 0,4% para 0,3%.
As previsões do Bundesbank acompanham as do FMI (Fundo Monetário Internacional), que calcula um crescimento de 1,5% para o PIB em 2014, quatro décimos a menos do que havia sido divulgado em dezembro do ano passado.
Para o banco alemão, o caminho da recuperação rápida tem sido atrapalhado por problemas estruturais de países da periferia da zona do euro, alguns dos principais parceiros comerciais da Alemanha. De acordo com o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, grande parte dessa recuperação “dependerá da estabilização da situação econômica nos demais países em crise da zona do euro”.
Ele também advertiu sobre o risco de enfraquecimento da consolidação fiscal. “Um enfraquecimento da consolidação e das reformas poderia acabar novamente com a confiança, o que afetaria negativamente os mercados”, afirmou.
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No entanto, o Bundesbank confia que a Alemanha será capaz de continuar criando vagas, o que permitirá que a taxa de desemprego fique em 6,8% no final deste ano e em 6,7% em 2014.
Agência Efe
A líder alemã Angela Merkel em sessão do parlamento. O país deve crescer menos do que o previsto no ano passado.
A Alemanha, um país muito exportador, é bastante dependente da evolução da economia mundial. O Bundesbank prevê que a grande demanda de países de fora da zona do euro impulsione as vendas alemãs, mas descarta impulsos dignos de menção nos países que adotam o euro como moeda, ao menos até o próximo ano.
Apesar disso, as exportações alemãs continuam crescendo. Em abril, as vendas ao exterior somaram um total de € 94,5 milhões, ao passo que as importações alcançaram os € 76,4 milhões, gerando um saldo positivo de € 18,1 milhões, 2,25% maior do que os números referentes ao mesmo mês no ano passado.