Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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A palestra do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, foi uma das mais aguardadas da Brazil Conference, evento realizado nesta segunda-feira (14/11), em Nova York, e que contou com a participação de outros ministros do Supremo Tribunal Federal.

Em sua participação, Moraes foi enfático ao destacar as ameaças à democracia que o Brasil vem observando nos últimos anos, e afirmou que essa tendência se fortaleceu durante a campanha das eleições gerais que o país viveu nas últimas semanas, a qual ele acompanhou já como presidente do TSE.

O ministro, E=em referência ao processo eleitoral deste ano, disse que “a democracia foi atacada no Brasil, mas sobreviveu”, segundo o jornal Estadão.

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Moraes tomou o cuidado de não atribuir suas críticas a nenhum setor político específico. Em seguida, continuou se referindo aos atos antidemocráticos, e reclamou da falta de regulamentação das redes sociais, algo que ele qualificou como defendendo um “problema mundial”.

Presidente do TSE participou da Brazil Conference, em Nova York, onde também disse que, nas eleições deste ano, a ‘democracia foi atacada no Brasil, mas sobreviveu’

Jane de Araújo/Agência Senado

Alexandre de Moraes foi um dos principais convidados do Brazil Conference, em Nova York

“Sob falso manto de liberdade sem limites o que se pretende é corroer a democracia”, alegou Moraes, que completou dizendo que “não é possível que as redes sociais sejam terra de ninguém e milícias digitais ataquem impunemente”, no que pareceu uma referência a alguns dos casos que ele lidera no STF, 

Além de Moraes, outros quatro ministros do STF estiveram presentes na Brazil Conference: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Luis Roberto Barroso. O evento é organizado pelo Grupo de Lideranças Empresariais (Lide), entidade criada pelo ex-governador de São Paulo, João Dória.

Durante o fim de semana, nos dias prévios à conferência, todos eles passearam pela cidade de Nova York e foram alvos de protestos e ações de hostilidade promovidas por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro, que os chamaram de “ladrões”, “bandidos” e “vagabundos”.

Quem se referiu às agressões durante sua intervenção na Brazil Conference foi o ministro Gilmar Mendes, que ironizou ao dizer que “é preciso perguntar se não há um cenário de absoluta dissociação cognitiva, principalmente quando lunáticos pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”.