“A ameaça do terrorismo continua tão real quanto letal”, declarou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta terça-feira (07/07), na ocasião do aniversário de dez anos dos atentados que resultaram na morte de 56 pessoas e deixaram mais de 700 feridos em Londres.
EFE
Cameron relacionou ataque de 10 anos atrás com recente massacre no norte da África, em que turistas britânicos morreram
Após depositar flores em um monumento no Hyde Park em tributo às vítimas e ao lado do prefeito da capital, Boris Johnson, Cameron destacou o recente atentado em um balneário na Tunísia. “O assassinato de 30 cidadãos britânicos inocentes em férias na Tunísia é um lembrete brutal desse fato. Mas nós nunca vamos ser intimidados pelo terrorismo”, disse.
Familiares dos mortos, sobreviventes, e políticos de alto escalão do Reino Unido se reuniram para homenagear as vítimas dos ataques de 7 de julho de 2005. Na ocasião, quatro jovens extremistas islâmicos inspirados na Al Qaeda realizaram atentados suicidas em vagões de metrô e em um ônibus na capital.
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Dias após os ataques, a polícia britânica confundiu o brasileiro Jean Charles de Menezes com um terrorista e matou o jovem de 27 anos com sete tiros pelas costas. O caso aconteceu no dia 22 de julho de 2005 e até hoje nenhum policial foi punido.
O pânico do combate ao terror fez com que as autoridades britânicas reforçassem a legislação antiterrorista, intensificando o sistema de emergências. Contudo, em entrevista hoje à BBC, o ex-premiê inglês Tony Blair – então chefe de governo durante os atentados de 2005 – declarou que o perigo “ainda não passou” e tende a se intensificar “no futuro próximo”.