O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje (27/7) que os críticos da política externa brasileira veem o Brasil com “olhos pequenos” e “não conseguem compreender” que o país passou a ter “grandeza” no cenário internacional e, em consequência, está sendo chamado a desempenhar um papel ativo nas questões mundiais. A reação foi uma resposta aos críticos da condução da política externa brasileira.
Amorim fez um balanço dos oito anos no comando do Ministério das Relações Exteriores e rebateu as críticas. “Os críticos de fora do Brasil também não querem a participação [em questões da paz e segurança mundiais] da Índia, da África do Sul ou da Turquia, pois querem preservar o monopólio do poder que têm”, disse. As informações são da BBC Brasil.
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Em seguida, o chanceler afirmou que: “Já no Brasil [os críticos] são pessoas que não conseguem compreender que – sem nenhuma megalomania, sem nenhum exagero – o Brasil tem um tamanho e uma grandeza no cenário internacional”.
Em viagem ao Oriente Médio desde o último fim de semana, Amorim disse que “valeram a pena” os esforços que o Brasil dedicou, nos últimos oito anos, às questões desta região. “Política externa não é uma coisa que se faz com um horizonte de um ou dois mandatos, mas nós iniciamos um processo e temos hoje uma relação de intimidade e de conhecimento dos problemas que não sonhávamos ter dez anos atrás”, disse ele.
De acordo com o ministro, há um interesse dos líderes da região na participação do governo do Brasil na mediação de conflitos. “Há um interesse na participação do Brasil, sinto isso da parte dos palestinos, dos israelenses e dos iranianos, e de outros, como os egípcios e sírios”, afirmou. “Vale a pena o esforço, porque aqui [no Oriente Médio] estão concentrados os problemas principais da paz mundial e o Brasil é um grande país e todos nós temos que pagar um preço pela manutenção da paz”, disse.
Depois de passar pela Turquia, por Israel e pela Faixa de Gaza, Amorim encerra a visita ao Oriente Médio amanhã (28/7) na Síria. Segundo ele, o trabalho pela conquista da liberdade e da paz são recompensadores para quem atua em política externa. “A paz é como a liberdade, é como ar, você só sente como ela é importante quando ela não existe”, disse. “Os países que querem ter uma participação têm que pagar algo por isso e é melhor que seja em diplomacia do que em outras formas.”
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