Analistas latino-americanos do setor audiovisual alertaram nesta sexta-feira sobre as “preocupantes situações” de Venezuela e Argentina em relação à gestão dos veículos de imprensa estatais.
“Deve ser evitada a tentação de estabelecer mídia à serviço dos governos da vez”, ressaltou a declaração final do Centro de Estudos para o Desenvolvimento das Telecomunicações na América Latina (Certal), um banco de ideias e ferramentas jurídicas e técnicas que reuniu, em Paris, acadêmicos, magistrados, parlamentares, secretários de Estado, diplomatas e reguladores de 13 países latino-americanos.
Na conclusão da reunião de três dias, os participantes intercederam pela criação de “órgãos reguladores autônomos, independentes e altamente qualificados” para a gestão audiovisual.
A declaração final do centro de pesquisa independente e sem fins lucrativos diz que, no caso dos países com mídia estatal, estas devem ser “autônomas e dispor de independência editorial e de gestão”.
O diretor-geral do Certal, Pablo Scotellaro, elogiou o trabalho dos juízes argentinos e dos representantes da delegação da Venezuela na luta pela liberdade de imprensa em seus respectivos países, que, segundo ele, necessitam de “luta dura”, porque “ultrapassaram todos os limites”.
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