A chanceler alemã, Angela Merkel, lamentou publicamente a possível morte de civis em recente bombardeio ordenado por militares alemães contra dois caminhões-pipa no Afeganistão.
“Toda morte de civis é uma morte além da necessária, todo ferido inocente é um ferido além do necessário”, disse Merkel no Bundestag (Parlamento).
“Quero manifestar meu mais profundo pesar ao povo afegão, caso tenha havido vítimas civis em consequência de uma atuação alemã”, acrescentou a chefe do Executivo, que ressaltou que o “Afeganistão merece um futuro melhor e mais pacífico”.
A chanceler, no entanto, ressaltou que, por enquanto, não é possível saber com precisão se houve vítimas civis ou se apenas insurgentes morreram no ataque da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Apesar de Merkel ter feito menção à possibilidade de civis terem morrido na investida, a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) admitiu, em Cabul, que o bombardeio “matou e feriu” civis.
O governador afegão local, Mohammad Omar, disse na sexta-feira (4) que até 90 pessoas tinham morrido no ataque, mas reduziu os números no final do dia para 72 mortos e 15 feridos. Ele disse que cerca de 30 dos mortos tinham sido identificados como insurgentes, incluindo quatro tchetchenos e um comandante local do grupo islâmico radical Taleban. Ele disse que o resto provavelmente eram combatentes ou seus familiares.
Em seu pronunciamento, a chanceler defendeu a cautela na divulgação de informações e disse que não queria falar dos resultados da investigação até que ela termine.
A presença de tropas no Afeganistão é muito impopular entre os alemães, que comparecerão às urnas em 27 de setembro próximo para eleições legislativas consideradas complicadas para Merkel depois de uma derrota nas eleições regionais de agosto.
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