O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou na manhã desta quinta-feira (06/12) que suas conversas com o comando-geral da polícia eram gravadas. A declaração ocorreu durante um ato público televisionado para todo o país, em que o líder realizava a troca de cargos do comandante-geral da instituição, na sede da entidade, e pegou a maioria dos presentes de surpresa. As informações são das versões eletrônicas dos jornais bolivianos La Razón e El Deber.
Agência Efe
Presidente boliviano pegou de surpresa os policiais presentes no evento desta quinta-feira
“Não quero que se aborreçam, mas serei bem sincero: lamentavelmente, não vimos resultados produtivos. Mas o que mais me incomodou é que não era possível fazermos estas reuniões porque estávamos sendo gravados. Acabava me sentindo inseguro”, disse o presidente, constrangendo o comandante que saía, Victor Maldonado, substituído por Alberto Aracena. Toda a cúpula policial do país estava presente no evento.
“Como podemos realizar uma reunião com o alto comando policial me gravando? Tenho certeza que a qualquer momento iriam reclamar comigo, mas quero que saibam como os nossos irmãos policiais podem gravar as reuniões que fazemos. Me sentia inseguro”, insistiu.
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Em seguida, pediu a Aracena para que essa prática não se repita sua gestão. “Esperamos agora superar tudo isso com o novo comandante”, afirmou.
O novo comandante da Polícia, durante seu discurso, fez questão de reiterar sua “lealdade” ao chefe de Estado por duas oportunidades. “Declaro de maneira pública minha lealdade ao senhor presidente constitucional, irmão Evo Morales Ayma”, disse, em uma das ocasiões.
Em seguida, dirigiu-se aos chefes de polícia que assistiam ao ato: “Peço que se comprometam profundamente com o processo de transformação do Estado”.