O presidente peruano, Pedro Castillo, afirmou na última sexta-feira (19/08) que sua esposa, Lilia Paredes, não pretende deixar o país, por isso, nos próximos dias, entregará seu passaporte ao judiciário.
“Hoje eles querem agir para impedir que minha esposa saia do país. Devo dizer que ela está pronta, nas próximas horas, para entregar seu próprio passaporte. Ela não vai sair do país em momento algum e tem que se submeter não só à justiça, mas também para provar sua inocência”, disse o presidente do palácio presidencial.
Con mentiras de supuesta fuga, se pretende montar una solicitud de impedimento de salida del país contra mi esposa @LiliaParedesN . No se puede fugar, aquel que es inocente. Se queda en el Perú porque acá esta su familia, sus hijos, sus hermanos, porque no hay nada que temer.
— Pedro Castillo Terrones (@PedroCastilloTe) August 20, 2022
O advogado do presidente e sua esposa, Benji Espinoza, indicou que demonstrará a inocência da primeira-dama, confirmando que “não poderão encontrar nenhum ato de lavagem de dinheiro ou prova que ela pertença a uma organização criminosa”.
Wikicommons
Segundo a Promotoria peruana, Lilia Paredes faria parte de uma suposta organização criminosa liderada pelo presidente Castillo
Segundo a Promotoria peruana, Lilia Paredes faria parte de uma suposta organização criminosa liderada pelo presidente Castillo. O papel da primeira-dama seria na coordenação da organização junto com outros parentes do presidente.
De acordo com a equipe especial liderada pela promotora peruana, Marita Barreto, também está envolvida no suposto grupo criminoso Yenifer, David e Walther Paredes Navarrom, irmãos da primeira-dama, junto com os irmãos e empresários Hugo e Angi Espino Lucana.
O Ministério Público sustenta que os envolvidos aceitaram propina na adjudicação de obras públicas na província peruana de Chota.
Pedro Castillo também expressou que alguns de seus familiares estão sendo investigados “depósitos que fizeram para pagar algumas contas em uma cooperativa”. O presidente peruano ainda completou afirmando que por este motivo “querem vinculá-lo a atos de corrupção”.
(*) Com Telesur