Em seu terceiro dia no cargo como presidente da Argentina, Javier Milei já contrariou sua promessa de campanha ao afirmar que “não faria transações com comunistas” e escreveu, nesta terça-feira (12/12), ao presidente da China, Xi Jinping, em uma tentativa de descongelar uma operação financeira de U$5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões).
Durante sua campanha, Milei foi duro em declarações sobre Pequim dizendo que não continuaria a parceria comercial da Argentina com os chineses, referindo-se a Xi Jinping como um “assassino” com quem não se faz comércio.
No entanto, o acordo financeiro feito entre o governo chinês e a administração do ex-presidente argentino Alberto Fernández (2019-2023) motiva o segundo contato diplomático da administração de Milei com Pequim.
O primeiro foi durante a posse no último domingo (10/12) em que a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, reuniu-se com o enviado chinês para a ocasião, Wu Weihua.
Oficina del Presidente Javier Milei/Twitter
Essa não é a primeira vez que Milei abaixa o tom de seu discurso com a China
Além disso, chegou a afirmar que se eleito, chamaria de volta os embaixadores argentinos das nações mencionadas. No entanto, até o momento isso não aconteceu, e com a reunião entre Mondino e Wu Weihua, não há acenos para que o corte da diplomacia aconteça.
Essa não é a primeira vez que Milei abaixa o tom de seu discurso com a China. Logo após ser eleito, em 19 de novembro, Xi Jinping enviou uma carta felicitando o ultraliberal, que usou das redes sociais para responder o governo chinês.
“Agradeço ao presidente Xi Jinping as felicitações e votos de felicidades que me enviou através da sua carta. Envio-lhe os meus mais sinceros votos de bem-estar ao povo da China”, afirmou o recém-eleito presidente na ocasião.
(*) Com Sputniknews