Países da Europa Central e do Leste anunciaram neste sábado (14/11) que irão endurecer as medidas de segurança, o que implicará novas restrições a refugiados, após os ataques em Paris de sexta-feira, que mataram 129 pessoas e deixaram outras 352 feridas, de acordo com os últimos dados da Procuradoria-Geral da França.
“É preciso reforçar a proteção do país e responder a esse horrível ataque terrorista”, declarou hoje o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. O governo da Hungria fechou suas fronteiras no últimos meses para impedir a entrada de refugiados, que se dirigem sobretudo a países como Alemanha e Suécia, onde existe políticas mais acolhedoras.
EFE
Conforme anunciaram os governos de diversos países europeus neste sábado (14/11), o controle das fronteiras irá ser mais rigoroso
Com as novas medidas da Hungria, haverá presença policial mais ostensiva nas ruas, nos aeroportos e nas proximidades da usina nuclear de Paks, assim como um controle fronteiriço mais rigoroso.
Já o recém-eleito governo conservador da Polônia, que está em formação após eleições recentes, indicou que a nação não irá respeitar os acordos europeus de distribuição de refugiados por conta dos ataques em Paris.
Por sua vez, a Eslováquia afirmou que irá deter todas as pessoas que entrarem de forma ilegal no país. “Não podemos admitir nenhum nível de risco associado aos refugiados. Qualquer um que cruze ilegalmente a fronteira será detido e considerado um risco para a segurança”, declarou à imprensa local o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico.
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Nesta sexta-feira, a Áustria anunciou que irá construir uma cerca na fronteira com a Eslovênia para impedir que refugiados entrem no território austríaco.
Na Bulgária e na Bósnia e Herzegovina, as medidas de segurança também foram endurecidas. O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, comparou os ataques em Paris ao atentado ao World Trade Center, em 2001, em Nova York, ao falar em “novo 11 de setembro na Europa”.
O ministro da Defesa da República Tcheca, Martin Stropnicky, disse que “infelizmente, acabou a era da despreocupação e altos níveis de liberdade”. Na mesma linha, o premiê da Sérvia, Aleksandar Vucic, convocou uma reunião extraordinária para discutir a segurança do país.
EFE
Após ataques em Paris, o trânsito de pessoas sem documentação na Europa irá ficar mais difícil