Horas após uma explosão nas proximidades da estação de ônibus de Jerusalém, a aviação israelense promoveu três ataques contra a Faixa de Gaza. Dois deles atingiram alvos na cidade de Gaza, como um transformador de energia, provocando um blecaute na região. O outro teve como alvo um túnel na fronteira com o Egito, na altura da cidade de Rafah, no sul do território palestino, informou o grupo islâmico Hamas, que contra a Faixa de Gaza, citado pela rede Al Jazeera.
Os ataques foram feitos na madrugada desta quinta-feira (24/03) e, segundo a BBC, não houve mortos nem feridos.
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A explosão em Jerusalém matou uma turista britânica e deixou 40 pessoas feridas. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado. Na terça-feira, militantes palestinos dispararam ao menos três foguetes e cinco morteiros contra o sul de Israel.
Um porta-voz da Defesa israelense disse à Al Jazeera que os ataques foram uma resposta aos foguetes e confirmou os ataques desta madrugada, dizendo: “A força aérea atingiu dois túneis e um alvo terrorista em Gaza.”
Repercussão
Diante dos ataques, o embaixador israelense em Washington, Michael Oren, afirmou nesta quarta-feira (24/03) que a reação de Israel ao atentado em Jerusalém não desencadeará um “confronto” com os palestinos, rejeitando a hipótese de um “ciclo de violência”.
“Não há um ciclo de violência e não queremos uma escalada. Não buscamos um confronto com o Hamas nem com os palestinos em geral”, afirmou ele, citado pela rede MSNBC. Questionado se Israel considera os palestinos responsáveis pelo atentado, respondeu: “Consideramos os palestinos responsáveis pelo clima que levou à violência”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, por sua vez, prometeu agir “vigorosa e responsavelmente” para restaurar a segurança no país após o atentado em Jerusalém. Netanyahu afirmou também que Israel tem uma “vontade de ferro para defender seu Estado e seus cidadãos”.
Hoje, autoridades israelenses anunciaram a prisão de dois líderes do grupo militante palestino Jihad Islâmica na Cisjordânia, mas não informaram se a detenção tem relação com o atentado em Jerusalém ou com os disparos de foguetes da Faixa de Gaza.
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