As equipes de busca encontraram nesta quinta-feira (06/08) mais destroços de um avião na ilha de Reunião, situada no oceano Índico. O anúncio vem poucas horas após o governo malaio confirmar que fragmentos encontrados na última semana no local são, de fato, do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que sumiu com 239 pessoas a bordo em 8 de março de 2014.
EFE
Fragmento na ilha de Reunião: material foi encaminhado para estudo na França
“Há muitos objetos (…), encontramos painéis de janelas, peças de alumínio e assentos (de aviões)”, declarou o ministro de Transporte da Malásia, Liow Tiong Lai. Em entrevista a jornalistas, Lai explicou que a análise desses materiais ficará sob responsabilidade de autoridades francesas, já que Reunião é considerada um departamento de ultramar francês.
Nesta manhã, as autoridades australianas se disseram convencidas de que agora estão buscando “no lugar correto”. Na última semana, os materiais foram achados nos arredores da ilha situada a leste de Madagascar, a mais de 6.000 quilômetros da última localização emitida pela aeronave da Malaysia Airlines e a quase 4.000 quilômetros do foco das buscas conduzidas pelos australianos.
“O achado na ilha de Reunião é consistente com o trabalho que estivemos fazendo, por isso que temos a confiança que estamos buscando na região correta e que encontraremos o avião ali”, disse o comissário chefe do Escritório para a Segurança no Transporte da Austrália, Martin Dolan, à emissora ABC Radio.
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Entretanto, o comissário acrescentou que ainda é cedo demais para determinar o que ocorreu com o avião e destacou que “será preciso um exame mais minucioso para saber quanto mais poderemos aprender” sobre o que ocorreu durante o voo que fazia a trajetória de Kuala Lumpur com destino à Pequim. Apesar disso, muitos familiares — sobretudo chineses, que foram a maioria das vítimas — pressionam autoridades para que se investiguem as causas do acidente.
Liderada pela Austrália, a operação de busca rastreou até o momento 50.000 quilômetros quadrados dos 120.000 que tem a região submarina no sul do oceano Índico onde os analistas calcularam que caiu o avião após analisar dados de satélites.
Segundo o vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, acredita-se que os destroços do avião malaio poderiam ter chegado à Reunião arrastados por correntes da área do Índico onde acredita-se que tenha caído.
EFE
Familiares chineses pedem justiça, indenizações e investigação das causas do acidente