O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, renunciou nesta segunda-feira (10/08) ao cargo, no ápice da crise política gerada pela explosão de um tanque de nitrato de amônio na semana passada e que destruiu boa parte da capital Beirute.
A decisão vem após um final de semana em que o país foi tomado por protestos contra o governo. Com Diab, cai junto todo o gabinete, que havia se reunido nesta segunda-feira.
Ainda no domingo, três ministros já haviam renunciado, a da Informação e o do Meio Ambiente, seguidos pelo da Justiça. Durante o final de semana, nove deputados também haviam deixado seus cargos.
No sábado (08/08), Diab havia sugerido antecipar as eleições paramentares no país, mas, no domingo (09/08), a capital libanesa entrou no segundo dia de protestos, intensificando a crise política que tomou o país. Os manifestantes pediam a renúncia do governo, que gere o país em meio à pior crise econômica do Líbano desde o fim da guerra civil, em 1990.
De acordo com canais de TV libaneses, um incêndio começou na entrada da praça do Parlamento enquanto multidões de manifestantes tentavam invadir a área isolada. Eles chegaram a entrar nos edifícios do Ministério do Trabalho e do Ministério para Assuntos de Refugiados
No início do dia, a mídia local informou que a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes que atiravam pedras contra os militares perto do prédio do Parlamento.
Presidência do Líbano/Twitter
Diab renunciou ao cargo de premiê do Líbano frente a crise política causada por explosão em Beirute