Dias depois de a União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) confirmarem empréstimos a Portugal, o governo de Lisboa voltará no dia 20 de abril a emitir títulos da dívida pública, em valores de 750 milhões a 1 bilhão de euros e prazos de vencimento de três a sete meses.
O IGCP (Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público) de Portugal anunciou nesta quinta-feira o lançamento de duas linhas de bônus do Tesouro, com um montante mínimo de 300 milhões de euros cada.
No último leilão, realizado no dia 6 de abril, Portugal disponibilizou um bilhão de euros a seis e 12 meses, a juros respectivos de 5,11% e 5,90%, mais altos que os de 2,98% e 4,33% registrados nas emissões anteriores do mesmo tipo.
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Uma missão da UE e do FMI analisa desde segunda-feira em Lisboa as contas públicas de Portugal para avaliar as necessidades de financiamento, estimadas em 80 bilhões de euros para os próximos três anos.
Apesar do anúncio de resgate financeiro, a pressão sobre a dívida portuguesa se agravou nesta quinta-feira nos bônus de dívida a todos os prazos, e na maioria deles os juros estavam acima dos 9%, especialmente nos títulos a cinco anos, situados em torno de 10,5%.
O ministro da Presidência de Portugal, Pedro Silva Pereira, admitiu nesta quinta-feira que os juros podem continuar altos, mesmo após finalizar a negociação do resgate, devido à “irracionalidade” dos mercados financeiros.
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