Sábado, 19 de julho de 2025
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O ex-conselheiro de Donald Trump Steve Bannon ficará em liberdade condicional durante o processo por desacato ao Congresso. O guru de extrema direita havia se entregado ao FBI, em Washington, na manhã desta segunda-feira (15/11), mas um juiz federal decidiu mantê-lo solto.

Bannon, no entanto, terá de entregar seu passaporte, notificar a Justiça sobre qualquer deslocamento fora de seu distrito, pedir permissão para viagens fora da parte continental dos Estados Unidos e se apresentar semanalmente às autoridades.

O ideólogo de extrema direita é acusado de desacato ao Congresso ao ter se negado a depor e a fornecer documentos a uma comissão que investiga o assalto ao Capitólio promovido por apoiadores de Trump em 6 de janeiro deste ano.

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Cada acusação pode render penas de 30 dias até um ano de prisão, além de multa de até US$ 100 mil. A suspeita é de que Bannon sabia previamente da invasão, realizada no dia em que o Congresso se reunia para ratificar a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro. O assalto terminou com cinco pessoas mortas, incluindo apoiadores de Trump.

Líder da extrema direita foi indiciado por desacato ao Congresso; suspeita é de que Bannon sabia previamente da invasão ao Capitólio em janeiro

Gage Skidmore/ Flickr

Ex-conselheiro de Trump foi inciado por desacato ao Congresso ao se recusar não somente a depor como também a fornecer documentos solicitado

“Não vou ceder, vocês pegaram a pessoa errada”, disse o ex-estrategista após ser libertado. “Estamos cansados de jogar na defesa, agora vamos partir para o ataque”, ameaçou.

Bannon foi o arquiteto da vitoriosa campanha de Trump em 2016, mas rompeu com o magnata menos de um ano depois de sua chegada à Casa Branca.

Após se afastar do presidente, fortaleceu laços com a extrema direita europeia, como o italiano Matteo Salvini e a francesa Marine Le Pen, e se aproximou da família Bolsonaro. Ele também tem conexões na ala ultraconservadora da Igreja Católica norte-americana, que faz oposição ao papa Francisco.

Bannon já havia sido preso em agosto de 2020 por uma acusação de desviar dinheiro de uma campanha para financiar o muro na fronteira entre EUA e México, mas acabou libertado após pagar fiança de US$ 5 milhões.