Um cessar-fogo unilateral de 30 dias foi iniciado pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), neste domingo (15/12), após a semana de negociações de paz ser interrompida pela destituição do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, considerado peça-chave nos diálogos com a guerrilha.
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Apesar do cessar-fogo, as FARC alertaram, por meio de comunicados na mídia e anúncios em placas, que as zonas montanhosas de Buga e Tuluá terão horários restritos de circulação. O grupo advertiu que veículos, de qualquer tipo, tanto públicos como particulares, só poderão circular das 6h às 21h nas regiões.
Segundo o jornal El País, o comunicado das FARC diz ainda que carros e caminhonetes devem transitar com a luz interna acesa. No fim do aviso, a guerrilha exige que todos os veículos “cumpram com a norma presente”.
Agência Efe
Gustavo Petro fala com seus seguidres da sacada da prefeitura de Bogotá durante manifestação na sexta-feira (16/12)
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A Procuradoria colombiana, que controla os serviços públicos, anunciou, na segunda-feira (09/12), que Petro estava destituído do cargo de prefeito por ter atuado de maneira irregular na reforma do sistema de coleta de lixo. Ele também perdeu seus direitos políticos por 15 anos. Logo após o anúncio, as FARC se pronunciou declarando que a decisão é um “grande golpe” contra os diálogos e que afeta “a confiança e a credibilidade” da democracia colombiana.
Petro é um ex-guerrilheiro do nacionalista Movimento 19 de Abril (M-19) que seguiu carreira política após abandonar o grupo. Depois o anúncio da destituição, ele declarou que o ato é “uma mensagem que busca sabotar a possibilidade do fim da guerra”. O ex-prefeito vai recorrer da decisão e já pediu apoio a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para retornar ao seu cargo.
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O governo do presidente Juan Manuel Santos não aderiu à trégua, que segue até o dia 15 de janeiro de 2014.