Após o Serviço de Segurança da Ucrânia apreender o petroleiro russo Neyma nesta quinta-feira (25/07) o governo da Rússia classificou o ato como “pirataria” e lembrou que marinheiros ucranianos estão sob custódia em solo russo.
“A Ucrânia deve pensar nas consequências depois que seu serviço de segurança (SBU) deteve o navio-tanque de bandeira russa Nika Spirit (também conhecido como Neyma)”, informou o Ministério de Relações Exteriores da Rússia.
Segundo as autoridades ucranianas, as embarcações foram detidas “por bloquear navios ucranianos no estreito de Kerch”. Os marinheiros russos do petroleiro detido já foram libertados.
Os suspeitos no processo são 15 altos funcionários militares russos, incluindo um contra-almirante, dois vice-almirantes e um coronel-general.
Note-se que o navio, que alegadamente teria participado do bloqueio da passagem de navios ucranianos no estreito de Kerch, foi detectado pelos números IMO e MMSI.
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Suspeitos no processo são 15 altos funcionários militares russos, incluindo um contra-almirante, dois vice-almirantes e um coronel-general
Enquanto isso, altos legisladores russos rotularam o incidente como “um ato de pirataria” e acusaram o governo de Kiev de encenar “uma provocação”. Konstantin Zatulin, um membro de alto escalão do comitê da Duma de Estado encarregado dos Estados pós-soviéticos, declarou que a detenção irá prejudicar as relações já tensas entre Moscou e Kiev.
A Rússia prendeu 24 marinheiros ucranianos após embarcações do país violarem as fronteiras marítimas também no estreito de Kersh.
*Com Sputnik