O governo do presidente Alberto Fernández anunciou a retomada do programa Plano Nacional de Leitura da Argentina após ter suas atividades canceladas pelo ex-presidente Mauricio Macri, em 2016. O projeto visa colocar crianças e jovens em contato com livros por meio de doações de obras para escolas do país.
O anúncio da volta do plano foi feito nesta segunda-feira (16/12) pelo ministro da Educação, Nicolás Trotta, que também confirmou o nome de Natalia Porta López como a nova diretora do programa. Até 2015, Porta López trabalhou no desenvolvimento do plano.
“Promoveremos novamente um Plano Nacional de Leitura, porque acreditamos que há no programa um fruto de transformação de nossa educação. Temos que cuidar novamente e valorizar o trabalho de nossos professores. Gerar acordos para hierarquizar o ensino, com salários e condições para ensinar dignamente, com propostas de treinamento sólidas e atualizadas”, disse o ministro.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
Segundo Trotta, o governo de Fernández tem como objetivo “trabalhar fortemente para que todos as crianças e jovens tenham as mesmas possibilidades de acesso, [para] permanecer e concluir sua escolaridade em instituições de qualidade”.
Casa Rosada
Governo de Fernández tem como objetivo ‘trabalhar para que todos as crianças tenham as mesmas possibilidades de acesso’, disse ministro
“Temos assumido o desafio de acompanhar nosso presidente, Alberto Fernández, para implementar as políticas educativas que permitam reverter o abandono, a falta de investimento e o confronto promovido pelo governo que terminou na semana passada. E como disse o presidente, queremos uma educação melhor para todos”, afirmou o ministro.
O Plano Nacional de Leitura foi criado em 1984 na gestão do ex-presidente Raúl Alfonsín, que comandou a Argentina de 1983 a 1989. O programa já entregou diversos livros para as escolas públicas argentinas.
No entanto, em 2015, o plano deixou de adquirir alguns livros, em especial obras de ficção, causando uma queda de exemplares dentro das bibliotecas escolares. No ano seguinte, a gestão de Macri paralisou o projeto.