Um tribunal argentino identificou nesta segunda-feira (27/06) os restos mortais de seis desaparecidos políticos que morreram durante a ditadura militar (1976-1983) e foram enterrados como indigentes no Cemitério Municipal de General San Martín. As informações são da rede de notícias TeleSur.
Com a determinação da justiça, os restos mortais serão entregues às famílias. Segundo o Centro de Informação Judicial, quatro das seis pessoas foram encontradas mortas nos primeiros dias de fevereiro de 1977 em locais diferentes da periferia de Buenos Aires.
Entre os desaparecidos estão Marta Angélica Taboada de Dillon, uma advogada e militante política que foi sequestrada em 28 de outubro de 1976, quando tinha 35 anos. Testemunhas acreditam que Marta Angélica passou por centros clandestinos de detenção de Proto Banco e Vesubio.
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Outro dos identificados é Juan Carlos Mora, sequestrado em 1º de dezembro de 1976 na cidade de La Plata, junto com sua esposa Silvia Amanda González, que estava grávida e cujos restos já haviam sido identificados. Mora tinha 20 anos quando foi sequestrado e foi visto pela última vez em um centro clandestino de tortura conhecido como Pozo de Arana.
Também no Cemitério Municipal de General San Martín foram identificados os restos de Guillermo Ramón Sobral e Marcelo Eduardo Pag. Já os outros dois corpos, exumados do Cemitério Municipal de Moreno, eram de Víctor Hugo González, um trabalhador de 27 anos nascido em Córdoba, e Ruperto Méndez, de 32 anos, nascido em Entre Ríos.
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Ambos participaram, em 29 de março de 1976, de uma reunião da militância política em La Reja, onde ocorreu um enfrentamento com militares. Nos confrontos, vários foram mortos, feridos ou sequestrados.
Com estas seis novas identificações, sobe para 211 o número de restos mortais identificados. Até agora, 176 já foram restituídos para seus familiares.
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