O presidente da Argentina, Alberto Fernández, finalizou sua passagem pela Indonésia, onde participou da Cúpula do G20, na ilha de Bali, com uma reunião nesta quarta-feira (16/11) entre sua equipe econômica e a delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI), incluindo a diretora-geral da entidade, a búlgara Kristalina Gueorguieva.
No encontro, os representantes do governo argentino asseguraram que o país continuará a cumprir com os acordos estabelecidos no programa de pagamento da dívida adquirida em 2018, mas fizeram uma ressalva a respeito das sobretaxas cobradas pelo organismo, não só com respeito ao seu caso, mas também em outros envolvendo países em desenvolvimento que enfrentam problemas devido à situação econômica mundial.
“Neste encontro do G20, decidimos reiterar a mesma reivindicação que apresentamos em Roma (na cúpula de 2021): que sejam revistas as sobretaxas que os países mais endividados estão pagando (…) são taxas muito altas, que não têm explicação lógica”, reclamou Fernández, segundo o portal TeleSUR.
Apesar do protesto, o mandatário argentino qualificou a reunião com o FMI como “muito boa”, e afirmou que recebeu de Gueorguieva a resposta de que o Fundo está “disposto a levar o nosso pedido à reunião de cúpula da entidade”.
Casa Rosada
Delegações da Argentina e do FMI se reúnem na Indonésia, durante a Cúpula do G20
?? ?? | El presidente Alberto Fernández (@alferdez) mantuvo una reunión con la directora del FMI, @KGeorgieva. pic.twitter.com/lEhKhuXY1L
— Casa Rosada (@CasaRosada) November 16, 2022
Por sua parte, Gueorguieva destacou que “é muito importante que a Argentina continue no caminho, como tem feito com sucesso nos últimos meses”.
Vale lembrar que a dívida da Argentina com o FMI foi adquirida em 2018, durante o governo de Mauricio Macri, e chegou a superar os 50 bilhões de dólares, se tornando o maior empréstimo da história do Fundo em seu momento.
A situação econômica criada por Macri, que levou seu governo a adquirir tamanha dívida, foi uma das razões pela qual ele não conseguiu se reeleger no ano seguinte, perdendo a disputa para Fernández, que assumiu a Casa Rosada com a promessa de resolver o problema criado por seu antecessor.
Em março deste ano, o FMI aprovou um programa de pagamentos pelos 44 bilhões de dólares que restam da dívida, com quotas a serem quitadas em um prazo de 30 meses.