Na reta final de sua campanha para as eleições de 9 de abril, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado (06/04) que se for reeleito irá anexar a região da Cisjordânia, território historicamente reivindicado pelo povo palestino.
“Vou estender a soberania [israelense] para Judeia e Samaria”, disse o premiê em entrevista para uma emissora israelense, citando o nome usado pelo governo para se referir à região.
Netanyahu também prometeu não dividir Jerusalém, cuja parte oriental é reivindicada pelos palestinos, e garantir que Israel “controle o território a oeste do Rio Jordão”, ou seja, a Cisjordânia.
De acordo com o jornal Haaretz, não ficou claro se a promessa do primeiro-ministro se trata de partes da região ou do território inteiro.
“Um Estado palestino coloca nossa existência em perigo e eu suportei uma enorme pressão nos últimos oito anos que nenhum outro primeiro-ministro suportou. Nós precisamos controlar nosso destino”, disse.
Israel é criticado por suas agressões contra o povo palestino. A última escalada de ataques do Estado israelense se deram em maio de 2018.
À época, pelo menos 52 pessoas morreram e centenas ficaram feridas vítimas de disparos do exército israelense contra manifestantes em Gaza. Os palestinos protestavam contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém durante a tarde.
Eleições
Segundo as últimas pesquisas, o Likud, partido de Netanyahu, pode perder o posto de maior bancada no Parlamento para a coalizão Azul e Branco, de Benny Gantz, mas ainda é favorito para obter a maioria legislativa graças às suas alianças.
O primeiro-ministro disputa as eleições em meio a denúncias de corrupção, fraude e abuso de poder.
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