O ataque contra o candidato à ´presidência da república Jair Bolsonaro ocorrido nesta quinta-feira (06/09) em Minas Gerais ganhou destaque nos principais jornais do mundo.
O francês Le Monde publica declarações de membros do PSL, partido de Bolsonaro. “Agora é a guerra”, disse o presidente do partido, Gustavo Bebianno, à imprensa brasileira. Já o deputado do PSL Major Olímpio afirmou que se o ataque tem motivações políticas “é extremamente grave”.
O jornal avalia que os danos políticos do ataque são “incalculáveis”. O incidente “poderia radicalizar ainda mais os militantes da extrema-direita que fizeram da esquerda seu pior inimigo e reforçar ainda mais as tensões em um país abalado pela crise e em frangalhos depois da polêmica destituição da presidente Dilma Rousseff”, publica o jornal.
O jornal espanhol El País chama atenção para o vídeo em que se pode observar o momento em que “um homem armado com uma faca apunhalou o abdômen” de Bolsonaro. A publicação ainda afirma que a polícia já prendeu o autor, um homem de 40 -anos que confessou o crime.
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O britânico The Guardian escreve sobre a possibilidade da agressão reforçar o discurso de extrema-direita do candidato.
“Em uma campanha eleitoral particularmente imprevisível, Bolsonaro polarizou opiniões com comentários homofóbicos, pedidos de leis armamentistas e elogios à ditadura militar do Brasil, que torturou milhares de opositores e matou outras centenas”, escreve o periódico.
Sobre seu discurso, o New York Times escreve que Bolsonaro “prometeu restaurar a ordem em um país sofrendo um aumento de violência, propondo facilitar que civis portem armas e que policiais matem criminosos”.
Já o portal Cubadebate lembra que “em sua campanha, o candidato de extrema-direita tem incentivado a violência e o uso de armas de fogo”.
O site também publica que o candidato do Partido Social Liberal (PSL) aparece em segundo colocado em todas as pesquisas com Lula.
O jornal argentino Página12 publica as declarações do filho do candidato sobre o estado de saúde de Bolsonaro.
“Flavio Bolsonaro declarou que a ferida de seu pai não era profunda. Depois das seis horas o filho de Bolsonaro deu novas declarações e disse ‘foi mais grave do que esperávamos'”, escreve o periódico.