Um ataque com bomba e facas em uma estação de trem na região de Xinjiang, na China, nesta quarta-feira (30/04), já deixou ao menos três mortos e 79 feridos. Segundo a BBC, o atentado na cidade de Urumqi ocorreu depois que o presidente chinês, Xi Jinping, visitou o local, prometendo que o governo se empenharia para impedir atos de violência contra a população.
“De acordo com as primeiras investigações policiais, os criminosos usaram facas para ferir as pessoas na saída da estação e detonaram explosivos ao mesmo tempo”, declarou o governo de Xinjiang. Segundo testemunhas que falaram à agência Xinhua, os passageiros foram atacados no local em que costumam pegar a bagagem para se dirigir a um ponto de ônibus próximo.
Agência Efe
Serviços de emergência permanecem em alerta nos arredores da estação ferroviária de Urumqi depois do atentado
Quatro dos feridos apresentam ferimentos graves, informaram as autoridades de Xinjiang, região onde nos últimos anos ocorreram vários confrontos armados entre as autoridades e movimentos separatistas de etnia uigur, de religião muçulmana, que causaram dezenas de mortos. Este é o segundo ataque terrorista que acontece em uma instalação ferroviária da China em dois meses.
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O atentado ocorreu às 19h10 locais (8h10 no horário de Brasília) e foi classificado pelo governo chinês como “ato terrorista”. As autoridades atribuíram o ocorrido a grupos radicais islâmicos que buscam a independência de Xinjiang, principalmente em nome do Movimento Islâmico do Turquestão Oriental.
Fotos de destroços chegaram a ser publicadas no Weibo, o equivalente ao Twitter chinês, mas foram rapidamente apagadas. Luo Fuyong, um porta-voz do governo regional, limitou-se a dizer que os feridos estão recebendo tratamento médico e as autoridades seguem investigando as causas da explosão. Segundo ele, a situação está “bem controlada”.
Em março, um ataque com armas brancas similar ao ocorrido hoje deixou 29 mortos e 143 feridos em outra estação de ferrovia chinesa, na cidade de Kunming no sudoeste do país. Na ocasião, o governo atribuiu o atentado aos separatistas islâmicos.