Motivado pelos mais de 500 bombardeios que Israel realizou contra a população civil palestina nos últimos dias e a violência sionista instituída há décadas na região, o restaurante palestino Al Janiah, em São Paulo, convoca para esta terça-feira (10/10) um “ato de solidariedade ao povo palestino e à legítima resistência”.
No bairro do Bixiga, zona oeste paulistana, o encontro de solidariedade começa a partir das 18h30. O ato faz resistência às mais diversas violências que Israel comete contra a Palestina, em especial diante da ´promessa racista que o ministro da Defesa de Tel Aviv, Yoav Gallant, fez contra os 2,4 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza: “nem eletricidade, nem água, nem comida, nem gás. Estamos lutando contra animais humanos”.
“O pronunciamento do membro da extrema direita sionista foi realizado nesta segunda-feira (09/10) e dá mostras do que esperam milhares de crianças, mulheres e idosos residentes de Gaza nos próximos dias, semanas ou meses”, argumenta o Al Janiah.
Por que os palestinos se levantam contra Israel?
A organização do ato de resistência lembra que a “situação de privação dos direitos básicos não é novidade em Gaza”, uma vez que “Israel já aplica esta política há anos e isso é, antes de mais nada, o motivo pelo qual os palestinos se levantam”. O Al Janiah defende que povos invadidos por forças de ocupação estrangeiras, como é o caso deste conflito, “têm o legítimo direito a autodefesa e autodeterminação”.
Assim, o ato entende e defende que, “devido a violência do Estado sionista, a luta palestina é inevitável e anticolonial”.
Reprodução/Al Janiah
Convite para ato de solidariedade a Palestina
Há solução para o conflito?
Os conflitos entre Israel e Palestina não datam de agora, mas sim de 1948, quando o Estado de Israel foi criado, sendo que o Estado Palestino ainda luta pela sua existência até os dias de hoje. Al Janiah lembra, em seu convite ao ato de resistência, que tentativas de acordos de paz para a região já foram feitas, como os Acordos de Oslo.
Em 1993, após uma série de negociações, foi firmado pelo então presidente da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Arafat, e o ex-primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin, mediados pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, o que hoje são conhecidos como Acordos de Oslo.
Umas das principais prerrogativas dos acordos, era o reconhecimento mútuo entre Israel e Palestina e a consequente criação do Estado palestino, que nunca aconteceu.
Com desconfiança mútua entre os lados, falta de discussão sobre Jerusalém, as fronteiras do então futuro Estado palestino, com refugiados e assentamentos judaicos, os acordos desandaram antes mesmo de serem fixados.
Participe do ato de solidariedade a Palestina
Local: Restaurante Al Janiah – rua Rui Barbosa, 269, Bixiga – São Paulo
Data: Nesta terça-feira (10/10), às 18h30