Atualizada às 20h43
A presidente chilena Michelle Bachelet chamou de “abominável” a explosão de uma bomba em uma estação do metrô na capital Santiago e disse que o governo tomará “todas as medidas” para punir os responsáveis pelo ato classificado pelo governo de “terrorista”. As declarações foram proferidas nesta segunda-feira (08/09), durante entrevista coletiva de imprensa concedida após a visita da mandatária às vítimas do ato.
Agência Efe
Duas pessoas ficaram em estado grave após a explosão ocorrida próxima a uma rede de fast food na galeria do metrô
Bachelet afirmou que a Lei Antiterrorista vigente no país será aplicada neste caso, mas que isso não muda as intenções do governo de reformar a norma, “que precisa ser mais eficiente. Vamos fazer mudanças para que a lei seja útil”, afirmou.
Diante da controvérsia existente no país em torno da lei, criada durante a ditadura de Augusto Pinochet, Bachelet garantiu que a reforma será protocolada até o final de setembro, com caráter de urgência.
Hoje, por volta das 14 horas, uma bomba explodiu em uma galeria subterrânea conectada à estação de metrô Escuela Militar, na linha vermelha do metrô. Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, sendo que uma delas teve os dedos amputados. Nenhuma corre risco de morrer.
O ministro secretário geral do governo chileno, Álvaro Elizalde, afirmou que se trata “efetivamente de um ato terrorista, um fato condenável e atroz”.
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“Pessoas inocentes foram afetadas por este ato terrorista e o governo vai invocar a Lei Antiterrorista”, disse o ministro secretário geral do governo chileno, Álvaro Elizalde.
Após reunião do governo para analisar o incidente, a agenda da mandatária para esta terça-feira (09/09) foi suspensa e ficou acordada a realização, às 8h30, de uma reunião do Conselho Operativo de Segurança.
Agência Efe
Uma estação de metrô na linha verde chegou a ser paralisada após suspeita de outra bomba, mas alarme era falso
Histórico
Em 14 de julho, uma bomba explodiu na estação terminal Los Dominicos, na mesma linha do metrô. Depois, foram registrados casos de mochilas encontradas com bombas, mas desativadas antes da explosão. Investigações da polícia após o atentado de julho revelaram que se tratou de um ato realizado por “grupos anarquistas insurrecionistas”.
Após a ação, o governo aplicou a Lei Antiterrorista, que também foi acionada após a explosão de bombas que em alguns bairros de Santiago em agosto.
De acordo com o site Emol, no dia 2 de julho, pessoas investigadas por supostamente terem implantado outras bombas realizaram uma reunião na capital, onde fizeram um chamado para a realização de “ações de insurreição”. O objetivo seria se solidarizar com pessoas que estariam “sequestradas pelo Estado” e instou à realização de “ataques em suas diversas formas para manter vivo o fogo anárquico da revolta”.
(*) Com informações de Victor Farinelli, em Santiago