No terceiro dia de sua visita oficial à China, a alta-comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, descreveu ter tido “uma oportunidade valiosa” após encontro com o presidente Xi Jinping e outros representantes do governo, nesta quarta-feira (25/05).
Bachelet disse no Twitter que conseguiu “discutir diretamente” questões importantes por videochamada com o líder chinês, sem fornecer mais detalhes sobre os temas da conversa. Esta é a primeira vez, desde 2005, que um chefe de Direitos Humanos da organização internacional visita o país asiático.
Para a representante da ONU, trata-se de “uma prioridade se engajar diretamente com o governo da China, sobre questões ligadas aos direitos humanos, nos níveis doméstico, regional e global”.
Em nota divulgada pelo seu escritório, a alta-comissária afirmou também que “para o desenvolvimento, a paz e a segurança serem sustentáveis, localmente e além das fronteiras, os direitos humanos precisam ser centrais”.
@UNHumanRights/Twitter
É a primeira vez em 17 anos que uma representante dos Direitos Humanos da ONU visita a China
Na fala dirigida ao presidente Xi, a chefe de direitos humanos enfatizou que “a China tem um papel crucial dentro das instituições multilaterais, em confrontar muitos dos desafios enfrentados pelo mundo atualmente”.
As declarações ocorreram enquanto Bachelet se preparava para visitar a região autônoma de Xinjiang Uighur, onde especialistas independentes da ONU já levantaram preocupações sobre supostas detenções e alegações de “trabalho escravo” contra a minoria muçulmana Uighur. O país, no entanto, nega todas as alegações.
Também nesta quarta, na metade da sua missão de seis dias pela China, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos falou aos estudantes da Universidade de Guangzhou sobre “a educação em direitos humanos” ser crucial já que oferece a oportunidade de “moldar a realidade” com “soluções concretas” para os “desafios que as pessoas enfrentam”.
(*) Com Onu News.