O mundo inteiro aguarda com ansiedade a volta do crescimento da China para acompanhar o movimento e crescer junto. Após ter uma forte recuperação econômica depois do pico da pandemia (2020), com crescimento do PIB de 8,4%, em 2021, o gigante asiático tirou o pé do acelerador e marcou um crescimento de 3%, em 2022.
Ainda que as projeções para este ano fiquem acima dos 5%, a expectativa é que este número seja superado, ou que se crie condições para chegar próximo aos altos patamares de crescimento registrados nos anos 90 e nas primeiras décadas dos anos 2000.
Para isso, o Banco Central chinês, o Banco do Povo da China (PBoC), reduziu nesta na terça-feira, (13/06) a taxa de recompra de sete dias (curto prazo) de 2% para 1,9%, injetando 2 bilhões de yuans (US$ 280 milhões) ao sistema bancário. Esta taxa remunera os bancos por empresarem ao BC. A redução não acontecia desde agosto de 2022.
O corte foi visto com surpresa pelo mercado, que analisa uma forte volta de estímulos à economia pelo governo como forma de impulsionar a recuperação. Com isso, a expectativa é que a taxa de empréstimo de um ano também seja reduzida, o que trará como consequência a redução das taxas de empréstimos oferecidos pelos bancos.
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Ainda que as projeções para este ano fiquem acima dos 5%, a expectativa é que este número seja superado
Isso devolveria a confiança para as famílias voltarem a financiar imóveis e segurança para as empresas realizarem investimentos, pelos juros menores, uma vez que a inflação no país beira o zero.
O governo também reduziu, na terça-feira, em 10 pontos-base os juros da Linha de Crédito Permanente (SLF em inglês), reduzindo para 2,75% overnight, 2,90% de sete dias e para 3,25% de um mês.
Segundo a Agência Bloomberg, o governo chinês também prepara um pacote para apoiar o setor imobiliário e as demandas internas, com redução de custos além do corte dos juros.
A decisão sobre a taxa de juros de um ano deve ser anunciada na próxima semana.