O Banco do Sul terá orçamento inicial de 10 bilhões de dólares (cerca de 24 bilhões de reais), 3 bilhões a mais do que previsto inicialmente. A decisão foi tomada por ministros da Fazenda dos países associados ao banco, ontem (23), em Caracas.
As economias mais fortes (Venezuela, Brasil e Argentina) vão aportar 2 bilhões de dólares (cerca de 4,2 bilhões de reais) cada. As demais (Bolívia, Equador, Paraguai e Uruguai) juntas vão completar o montante.
“O capital poderá ser incrementado no futuro para financiar diferentes tipos de projetos para o desenvolvimento de nossos países”, declarou o ministro venezuelano Alí Rodríguez.
A princípio, terão acesso a crédito apenas os 12 países da União de Nações Sulamericanas (Unasul): Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela. As taxas serão calculadas de acordo com outras instituições internacionais.
O Banco do Sul foi criado para financiar projetos sociais de países sulamericanos, a fim de servir como alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, além das demais instituições de crédito controladas por países desenvolvidos.
A abertura oficial do banco deve ocorrer em maio, em Buenos Aires. A sede será em Caracas.
FMI: nova linha de crédito
O FMI anunciou a criação de uma linha de crédito flexível para os países em desenvolvimento com políticas econômicas consideradas “saudáveis”, que ficará disponível por períodos que vão de seis meses a um ano.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o novo mecanismo representa um “grande avanço” dentro do FMI e também uma vitória do Brasil, que defendia esse tipo de financiamento. Mas negou que o país tenha interesse em aproveitar. “O objetivo não é nós tomarmos os recursos dessa linha, que o Brasil não está precisando”.
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