O premier italiano, Silvio Berlusconi, reuniu neste sábado (21/8) a cúpula do partido PDL (Povo da Liberdade) para redefinir a campanha política diante da eventual convocação às eleições antecipadas, caso o Parlamento não aprove o programa de governo de cinco pontos que será apresentado para votação em setembro.
“Não aceitaremos o voto a 95% dos cinco pontos programáticos, não pretendemos discutir os 5% relativos à Justiça. É pegar ou largar”, disse o chefe de governo durante o encontro, realizado no Palazzo Grazioli, sua residência em Roma.
Os cinco pontos do novo programa, discutido em um encontro realizado na sexta-feira, se referem à Justiça, ao fisco, ao federalismo econômico, a políticas para o sul do país e à segurança, que seriam essenciais para dar continuidade à atual administração, que terminará em 2013, data das próximas eleições previstas no calendário.
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Berlusconi, que ontem anunciou que iria submeter suas propostas ao voto de confiança da Câmara dos Deputados e do Senado, tenta agora lidar com as dificuldades que seu governo enfrenta em consequência da crise interna de seu partido, intensificada com a ruptura com Gianfranco Fini em julho passado.
Fini, titular da Câmara e antigo aliado do premier, foi retirado do PDL por apresentar oposições a propostas da administração italiana, o que dificultava a condução do governo por parte de Berlusconi. Logo após a decisão, o parlamentar criou um novo grupo, o FLI (Futuro e Liberdade para a Itália), levando consigo seus seguidores que integravam o PDL e retirando, assim, a maioria absoluta governista no Parlamento.
Berlusconi voltou ainda a falar de Fini. Para ele, caso o ex-aliado anuncie a fundação de outro partido, isso seria “uma traição aos eleitores”.
Por sua vez, o líder da bancada governista na Câmara, Fabrizio Cicchitto, explicou que no encontro deste sábado foi possível “preparar-se para uma presença forte em todo o território” italiano, com o objetivo de “medir a concorrência da Liga Norte [aliada do PDL] e as disputas que haverá com o FLI”.
Se a moção apresentada não obtiver o respaldo dos deputados e senadores, as eleições seriam antecipadas para o mês de dezembro.
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