A popstar Beyoncé Knowles anunciou ter doado ao Haiti o dinheiro que recebeu por uma apresentação em uma festa de ano novo encomendada por um dos filhos do ditador líbio Muamar Kadafi, em 2009. A apresentação, que também contou com a presença do cantor pop Usher, foi realizada na ilha caribenha de São Bartolomeu, território ultramarino francês. Ela recebeu um milhão de dólares para cantar para Mutassin Kadafi e seus convidados. As informações são do site Huffington Post, que teria recebido a informação de fontes diplomáticas.

A porta-voz da cantora, Yvette Noel-Schure, respondeu ao site que toda a quantia, incluindo comissões destinadas à sua agência, foram doadas há um ano para fundos de auxílio às vítimas do terremoto que assolou o Haiti em janeiro de 2010. A doação teria ocorrido há um ano, segundo a porta-voz. “Assim que tivemos notícia que o evento estava relacionado à família Kadafi, tomamos a decisão de destinar esse dinheiro a uma boa causa”, afirmou a assessora via e-mail.

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Beyoncé não é a única estrela do mundo pop a doar o dinheiro de suas apresentações para a caridade. A cantora canadense Nelly Furtado admitiu na segunda-feira (28/02), via Twitter, que planeja doar o seu milhão de dólares ganho por um show para a família Kadafi em 2007: “Em 2007, recebi um milhão de dólares por uma performance de 45 minutos. Eu vou doar esse dinheiro”, postou.

Outros artistas famosos também já figuraram na lista de pagamento da família Kadafi. Segundo a revista Rolling Stone, no Réveillon de 2008, também em São Bartolomeu, Mutassin Kadafi pagou a mesma quantia para Mariah Carey cantar quatro músicas. Em 2006, Lionel Ritchie se apresentou na Líbia em comemoração ao aniversário de 20 anos do ataque aéreo norte-americano ao país. Um ano antes, o rapper 50 Cent fez uma apresentação exclusiva para a caravana de Mutassin durante o Festival de Cinema de Veneza.

Passado

A mesma controvérsia já foi abordada nos anos oitenta, quando foi revelado que diversos artistas, como Rod Stewart e os grupos britânicos Queen e Status Quo se apresentaram em um resort sul-africano – em pleno regime do apartheid. Após a polêmica, os três afirmaram ter doado o dinheiro.

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